Itaú BBA corta Banco do Brasil (BBAS3) da lista de queridinhas
Itaú BBA corta Banco do Brasil (BBAS3) da lista “Brazil Buy List”. Entenda os motivos para o corte das ações do BB.
O Itaú BBA corta o Banco do Brasil (BBAS3) e brMalls (BRML3) da sua lista de ações mais recomendadas. O motivo seria os altos juros e a decisão da Câmara dos Deputados de alterar a Lei das Estatais, sancionada em 2016.
Assim, no lugar dessas ações, o banco Itaú passou a recomendar a compra da Equatorial (EQTL3) e da Suzano (SUZB3). Isso porque a ideia é diminuir o impacto do desempenho da economia nos resultados da “Brazil Buy List” da empresa.
De acordo com o banco, os sinais dados pela equipe do novo governo deixaram os analistas mais cautelosos com o que pode acontecer no Brasil nos próximos anos:
“Com a perspectiva fiscal e dos juros do Brasil, com a governança corporativa e a lucratividade futura das estatais, com o ambiente regulatório, com o papel dos bancos públicos na economia e com a perspectiva para o real”.
Itaú BBA corta Banco do Brasil
O motivo para as ações do Banco do Brasil terem saído da lista está diretamente ligado à mudança na Lei das Estatais, promovida pela Câmara dos Deputados. Com isso, fica mais fácil indicar políticos para cargos em empresas públicas.
Portanto, o Itaú BBA acredita que os eventuais políticos que assumirem cargos no BB podem comprometer a governança da empresa. Dessa forma, afetaria o valor das suas ações.
O Itaú BBA corta Banco do Brasil de sua lista de 10 ações nacionais mais recomendadas como uma forma de resguardar a sua indicação dos movimentos feitos pelo novo governo. Além disso, a função que o governo Lula dará aos bancos estatais foi considerada.
No entanto, o Senado ainda precisa aprovar as alterações na Lei das Estatais. Então, só depois, seguirá para sanção presidencial.
Aprovação rápida na Câmara
Outro indicador para o Itaú BBA cortar o Banco do Brasil foi a rapidez com que o projeto foi aprovado. O que indicaria que os deputados querem criar as condições necessárias para que políticos assumam postos chaves nas estatais.
Imagem: Piotr Swat | shutterstock