Seu Crédito Digital
O Seu Crédito Digital é um portal de conteúdo em finanças, com atualizações sobre crédito, cartões de crédito, bancos e fintechs.

Itaú emite importante alerta; confira agora

Itaú projeta Selic a 9,75% em 2025, refletindo desafios econômicos e desinflação lenta. Descubra como isso influencia a economia e o dólar.

De acordo com uma recente revisão de cenário divulgada pelo Itaú Unibanco, a trajetória para a taxa Selic, a taxa básica de juros do Brasil, parece estar se ajustando para uma posição mais elevada do que previamente antecipada. Assim, deve alcançar 9,75% ao final do ciclo.

Este ajuste, influenciado por um contexto global desafiador e um processo de desinflação mais arrastado do que o esperado no Brasil, sugere uma abordagem mais cautelosa por parte do Banco Central em sua política monetária.

O que revela o alerta do Itaú?

Fachada com logo do Itaú Unibanco.
Imagem: Joa Souza / shutterstock.com

A revisão demonstra a influência de fatores tanto internacionais quanto locais na tomada de decisão do Banco Central. Internacionalmente, a desinflação nas economias desenvolvidas tem apresentado um caráter errático, refletindo diretamente na condução das políticas de juros e, consequentemente, nos fluxos cambiais.

No cenário doméstico, observa-se que os reajustes salariais têm superado os índices inflacionários. Isso especialmente em serviços vinculados ao mercado de trabalho, pressionando as margens inflacionárias para cima e elevando as expectativas de inflação acima da meta estabelecida.

Como os reajustes salariais influenciam a política de juros do Banco Central?

Na perspectiva do Itaú Unibanco, os ajustes salariais acima da inflação contribuem para um ambiente de pressão inflacionária, especialmente no segmento de serviços. Tal dinâmica enfatiza a necessidade de uma taxa Selic mais resiliente, em um esforço para ancorar as expectativas de inflação e reiterar o compromisso do Banco Central com a meta estabelecida.

Este cenário justifica a projeção de manutenção da taxa em 9,75% ao longo de 2025. Embora ainda exista a possibilidade de uma interrupção antecipada desse ciclo, diante dos riscos inflacionários previstos para o próximo ano.

Quais são as projeções do Itaú Unibanco para o IPCA e a taxa de câmbio?

O banco também revisou suas expectativas inflacionárias para os próximos anos, aumentando a previsão do IPCA de 3,6% para 3,7% em 2024, e de 3,5% para 3,6% em 2025. A saber, tal ajuste reflete uma composição adversa de fatores, incluindo um mercado de trabalho mais restrito e uma aceleração dos salários.

Simultaneamente, o cenário externo revelou maiores incertezas que impactaram as prognoses para a taxa de câmbio. Agora, o banco espera um dólar mais valorizado ao final de 2024 e 2025, cotado a R$ 5,00 e R$ 5,20, respectivamente.

Essas projeções levam em consideração a expectativa de cortes menores nas taxas de juros americanas e um cenário global que mantém o dólar fortalecido.

Qual é o impacto dos fundamentos externos e locais na taxa de câmbio?

Segundo analistas do Itaú Unibanco, os fundamentos externos tendem a se tornar mais desafiadores, exercendo maior pressão sobre a moeda brasileira. No entanto, a situação é parcialmente compensada por uma taxa Selic mais alta, que pode servir como um fator de contenção.

Ainda há elementos locais, como o forte desempenho da balança comercial e um prêmio de risco doméstico em níveis historicamente baixos, que suportam um cenário relativamente otimista para a economia brasileira, apesar dos desafios.

Veja também:

Grande loja de games anuncia demissões em massa de funcionários

Este panorama econômico detalhado pelo Itaú Unibanco revela a complexidade da política monetária em contexto de instabilidades nos mercados globais e pressões inflacionárias internas.

Imagem: Joa Souza / shutterstock.com