Juros alto impede que maioria consiga um financiamento imobiliário

A Brain Inteligência Estratégica realizou uma pesquisa para a Associação Brasileira de Incorporadoras (Abranic). No levantamento, o grupo apontou que quase 90% da população evita um financiamento imobiliário devido ao patamar atual dos juros.

Conforme o estudo, existem bancos que cobraram mais de 10% de juros ao ano, no último mês de junho, por este tipo de crédito. Inclusive, a questão do crédito também foi apontada com urgência por Luiz França, presidente da Abranic.

De acordo com França, existe uma “necessidade urgente de redução da taxa Selic”. Ademais, o levantamento também apontou quais os juros de financiamento imobiliário cobrados por alguns dos principais bancos do Brasil.

Juros impedem o financiamento imobiliário

pesquisa apontou que 88,4% dos possíveis compradores de imóveis não desejam realizar um financiamento imobiliário com taxas acima de 11% ao ano. Simultaneamente, esses dados ganham destaque quando avaliado que 63% das pessoas que ganham até R$4 mil recorrem a este tipo de método.

Além disso, 83% das pessoas desta faixa utilizam este recurso para adquirir um imóvel para viver. Enquanto, entre o público de alta renda, isto é, que ganham até R$29 mil por mês, o foco é investir no setor.

Como dito por França, “os resultados da pesquisa apontam que as taxas de juros têm um impacto significativo na viabilidade do financiamento imobiliário para a maioria da população e limitam o acesso à moradia para muitos brasileiros”.

Juros dos bancos

Diante do estudo, a taxa de financiamento imobiliário entre os principais bancos do Brasil teve média de 9,65% no último mês de junho. Assim, ficou abaixo do teto apontado como ‘limite’ para os brasileiros. Todavia, algumas empresas superaram a marca de 10%, como é o caso de:

• Santander: 11,46% ao ano;
• Banco Inter: 11,38% ao ano;
• Itaú Unibanco: 10,71% ao ano;
• Bradesco: 10,52% ao ano.

Enquanto, algumas instituições financeiras apresentaram taxas de juros sobre financiamento imobiliário abaixo da média do mês. Por exemplo, o Banestes, com 7,82% ao ano, e a Cooperativa Sicredi, com 8,34%, são alguns exemplos.

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