Juros do crédito rotativo chega ao maior patamar em seis anos 

De acordo com informações do Banco Central, os juros do cartão de crédito rotativo chegaram a 447,5% em abril, no acumulado de 12 meses. Trata-se do maior patamar em seis anos. Vale lembrar que essa é uma das modalidades de empréstimos mais caras disponibilizadas pelas instituições financeiras.

Segundo analistas, por ser considerada a linha mais cara, ela deve ser evitada ao máximo pelos brasileiros. Em 2022, no entanto, o uso do crédito desse tipo aumentou e bateu recordes no país. 

O rotativo é acionado quando o cliente não paga a fatura integral até a data de vencimento. O valor que sobra se transforma em um empréstimo, que passa a ter juros. Assim, a dívida se torna uma bola de neve e fica cada vez mais difícil de pagar.

Uso do cartão de crédito no Brasil

Com base em um levantamento do Banco Central, em junho do ano passado, o número de cartões de crédito no país chegou a 190,8 milhões. No entanto, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população economicamente ativa do Brasil é de 107,4 milhões.

No mesmo mês, quase 85 milhões de clientes de cartões tinham saldo devedor. Em junho de 2019, o índice era bem menor, de 64 milhões, o que representa um crescimento de 30,9%. Desse total do ano passado, entre 17% e 20% seguiam com uso do rotativo.

Redução dos juros do crédito rotativo

Recentemente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que estava em negociação com as instituições financeiras de todo o país para que os juros do crédito rotativo fossem reduzidos. Segundo ele, a modalidade tem prejudicado cada vez mais a população de baixa renda.

Analistas do mercado financeiro, contudo, afirmam que esta não é uma tarefa simples de ser resolvida. Ainda assim, medidas têm sido debatidas para que os juros sejam menores para a modalidade.

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