Seu Crédito Digital
O Seu Crédito Digital é um portal de conteúdo em finanças, com atualizações sobre crédito, cartões de crédito, bancos e fintechs.

Justiça nega recurso do BTG Pactual contra a Americanas

Confira por que a Justiça negou o recurso solicitado pelo BTG Pactual contra a Americanas e entenda o contexto do pedido.

O BTG Pactual fez um novo pedido à Justiça do Rio de Janeiro para impedir qualquer bloqueio de bens da Americanas nos próximos 30 dias. Contudo, mais uma vez, a Justiça negou o pedido do banco.

Vale destacar que a decisão foi da desembargadora Leila Santos Lopes, da 15ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O motivo dessa decisão é que a desembargadora não considerou grave o risco, para o banco, de a varejista não cumprir suas obrigações. 

Além disso, a Justiça alegou que o BTG tem “notório patrimônio líquido” que passa dos R$ 42 bilhões, isto é, não haveria grande prejuízo ao banco. 

Contexto do pedido

Na última sexta-feira (13), dois dias após a varejista anunciar um rombo fiscal de R$ 20 bilhões, o juiz Paulo Assed Estefan, da 4ª vara empresarial do Rio de Janeiro, deu à Americanas uma tutela de urgência para que a empresa decida se vai ou não solicitar recuperação judicial. A medida vale por 30 dias.

O juiz destacou o risco, alegado pela empresa, de seus credores pedirem o vencimento antecipado de R$ 40 bilhões em dívidas. Por esse motivo, Estefan concedeu o período à varejista.

Posicionamento da Americanas

Em nota ao UOL, a empresa afirmou que a medida cautelar tem a intenção de promover um acordo entre a Americanas e os credores.

O comunicado ainda diz que a suspensão da medida poderia ocasionar uma assimetria entre a empresa e os credores, incluindo os bancos, o que poderia ser negativo. 

Outros bancos prejudicados

Além do BTG Pactual, outros bancos também ficaram expostos à situação da Americanas. Entre eles, o Bradesco e o Santander. A seguir, confira as estimativas do JPMorgan e do Citi:

  • BTG: R$ 1,9 bilhão de exposição, valor correspondente a 1,5% dos empréstimos;
  • Bradesco: exposição de R$ 4,7 bilhões, o equivalente a 0,5% dos empréstimos;
  • Santander: R$ 3,7 bilhões, ou 0,6% dos empréstimos. 

Imagem: Jair Ferreira Belafacce/shutterstock.com