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Lula critica juros de 13,75%: como a Selic alta afeta os empréstimos?

Entenda como a Selic alta afeta os empréstimos e porque o Banco Central mantém a taxa básica de juros nesse patamar

Durante evento em Portugal, na segunda-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar a alta taxa de juros do Brasil, a Selic. De acordo com ele, ninguém pega dinheiro emprestado com esse valor. Mas como a Selic afeta os empréstimos?

A Selic é uma taxa de referência para o mercado, que o Banco Central (BC) determina de 45 em 45 dias. Para isso, a instituição leva em consideração diversos índices econômicos. 

Dessa forma, a variação da taxa de juros básica afeta os empréstimos e financiamentos que estão disponíveis para a população e para as empresas brasileiras. Nesse caso, a principal influência é no preço final dessas operações de crédito

Selic afeta os empréstimos alterando o valor dos contratos

Quando uma pessoa faz um contrato de empréstimo, ela concorda em pegar dinheiro com um banco e devolver esse valor mais os juros. Consequentemente, o valor final do contrato de crédito é sempre maior do que o valor que o cliente pegou. 

Entretanto, para estabelecer a taxa de juros que vai aplicar aos contratos de crédito, os bancos usam como base a Selic. Ou seja, quando essa taxa sobe, os contratos de crédito ficam mais caros; quando ela desce, eles ficam mais baratos.

Nesse momento, com uma taxa de juros de 13,75% ao ano, a Selic afeta os empréstimos, deixando as operações mais caras. Assim, menos pessoas conseguem acessar linhas de crédito, o que diminui o consumo do país. 

Consumo

A Selic afeta os empréstimos, mas também o consumo da população. Com as linhas de crédito mais caras, menos pessoas contratam essa operação para adquirir bens, como carros e casas. Da mesma forma, as empresas, para investir ou financiar as suas atividades, também não o fazem.

Assim, a Selic afeta a economia, causando uma desaceleração. Nesse caso, o Banco Central mantém a taxa de juros alta para “segurar” a economia e impedir o crescimento da inflação.

Imagem: SewCreamStudio / shutterstock.com