Seu Crédito Digital
O Seu Crédito Digital é um portal de conteúdo em finanças, com atualizações sobre crédito, cartões de crédito, bancos e fintechs.

Mais da metade dos MEIs são empregados de outras empresas

Saiba mais sobre a pesquisa que revela que mais da metade dos MEIs brasileiros são empregados de outras empresas!

Uma pesquisa recente revelou que 53% dos Microempreendedores Individuais (MEIs) brasileiros são empregados de outras empresas. Trata-se, portanto, de um levantamento conduzido pela pesquisadora Bruna Alvarez Mirelli, da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EESP).

Dessa forma, saiba mais informações sobre os resultados dessa pesquisa e discutir as implicações para o cenário empreendedor brasileiro. Continue a leitura!

Pesquisa indica que mais da metade dos MEIs são empregados de outras empresas

Logo MEIs sobreposto a imagem de pessoas andando na rua ao fundo, que está desfocada.
Imagem: Nelson Antoine / shutterstock.com – Edição: Seu Crédito Digital

Durante o período de 2008 a 2019, houve o estabelecimento de mais de 9 milhões de MEIs no Brasil. Assim, a pesquisa indica uma competição entre o registro de microempreendedores individuais e as contratações formais sob o regime CLT pelas empresas.

Sendo assim, esse comportamento pode refletir não apenas uma escolha por empreendedorismo, mas também por necessidades econômicas e oportunidades de mercado.

Um aspecto importante revelado pelo estudo é que a facilidade de abertura de MEIs está correlacionada com a infraestrutura digital das regiões. Áreas com acesso superior à internet mostram uma preferência das empresas por contratar sob o regime de MEI em detrimento de contratações CLT, que são mais comuns em regiões com pior acesso à internet.

Entenda a “pejotização” do mercado de trabalho

A chamada “pejotização”, processo pelo qual as empresas contratam trabalhadores como Pessoas Jurídicas (PJs) ao invés de como empregados formais para economizar em encargos trabalhistas, é outra tendência que o estudo destacou. Essa prática, embora ilegal, traz vantagens como flexibilidade e menos burocracia, mas também levanta questões sérias sobre direitos trabalhistas e previdenciários.

As descobertas apontam para a necessidade de políticas que equilibrem incentivos para empreendedores e proteção aos trabalhadores. Sendo assim, a ascensão do MEI como forma predominante de contratação traz consigo desafios para a Previdência Social e sustentabilidade a longo prazo, exigindo uma reflexão profunda sobre as diretrizes econômicas e trabalhistas no país.

Imagem: Nelson Antoine / shutterstock.com – Edição: Seu Crédito Digital