Mais de 13 mil entregadores são vítimas de violência em apenas 3 meses no Brasil
Saiba mais informações sobre a violência contra entregadores de apps, com mais de 13 mil casos registrados no início deste ano.
O meio digital e a facilidade de receber serviços como alimentação, compras e medicamentos sem sair de casa revolucionaram o nosso modo de viver. Entretanto, uma nuvem escura tem obscurecido esse cenário prático e conveniente. No Brasil, o número de ameaças e violências contra entregadores de aplicativos tem crescido.
Dessa forma, nos primeiros 3 meses de 2024, a empresa de delivery iFood contabilizou impressionantes 13.576 registros de ataques contra seus prestadores de serviço. Continue a leitura para mais informações.
Entregadores de comida são vítimas de violência
Os dados, portanto, evidenciam uma crescente falta de segurança para esses profissionais. Somente nos primeiros seis dias de março, o iFood registrou 810 ocorrências de violência contra entregadores. O caso mais recente é o de Nilton Ramon de Oliveira, de 25 anos.
Nilton foi vítima de disparos de arma de fogo no último dia 4 após um cliente se recusar a recebê-lo na portaria de um prédio no bairro Vila Valqueire, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
A situação vivida pelo profissional reflete 16% das ocorrências no iFood. A empresa informa que a orientação é que os entregadores deixem os pedidos no primeiro ponto de contato com o cliente. Isso pode ser a portaria de um prédio ou o portão de uma residência. Contudo, o não cumprimento dessa orientação tem colocado em risco a vida dos entregadores.
Empresa cria serviço de apoio jurídico e psicológico
Em resposta a essas situações adversas, o iFood criou a Central de Apoio Psicológico e Jurídico, que já ofereceu auxílio a 167 entregadores. Desses, 36 são do estado de São Paulo, onde a maior parte das ocorrências envolve agressão física (33%), seguido por discriminação racial (22%) e ameaças (19%).
Além disso, para diminuir esses números alarmantes, o iFood firmou uma parceria com o Secovi Rio (Sindicato da Habitação do Rio de Janeiro). O objetivo é difundir a conscientização para moradores de condomínios e capacitar porteiros e síndicos.
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Ainda, a empresa também conta com o auxílio das Black Sisters in Law (BSL), um coletivo composto por advogadas negras, que oferece assistência jurídica àqueles que sofreram qualquer tipo de violência.
Imagem: casa.da.photo / Shutterstock.com