Mercado Livre se dá mal e registra prejuízo com Bitcoins
Durante a divulgação de resultados realizada na última quarta-feira (3), o Mercado Livre anunciou que teve um prejuízo de menos de US$ 10 milhões com tesouraria no segundo trimestre de 2022. De acordo com o vice-presidente sênior de estratégia do Mercado Livre, André Chaves, as perdas se deram devido à desvalorização do Bitcoin (BTC) no período.
No primeiro trimestre, a empresa comprou US$ 7,8 milhões na criptomoeda como parte de estratégia de diversificação de carteira. Na ocasião, a posição era correspondente a R$ 40,9 milhões. De acordo com o seu último balanço, a empresa registrou perda contábil de US$ 11 milhões em ativos digitais referente aos primeiros seis meses de 2022.
Embora o resultado tenha sido negativo na tesouraria, Chaves destaca que os planos do Mercado Livre sobre a oferta de criptomoedas na plataforma Mercado Pago não mudou. “Estamos confortáveis com nossa estratégia com oferta de criptomoedas a clientes, mesmo no atual cenário”, pontuou o executivo.
Criptomoedas no Mercado Livre
Desde novembro de 2021, o Mercado Livre oferece compra e venda de Bitcoin, Ethereum (ETH) e USDP, uma cripto que possui paridade com o dólar. Na data do lançamento, Túlio Oliveira, vice-presidente do MercadoPago, afirmou que a instituição dedicou “um tempo para estudar e aprender antes de decidir entrar nas criptomoedas”. Além disso, disse que o novo mercado teria “um potencial de transformação pela frente”.
Depois de quase dois meses de sua inauguração no mercado de moedas digitais, o Mercado Livre anunciou compra de uma parte da 2TM, holding controladora da exchange de criptomoedas brasileira Mercado Bitcoin.
Ademais, a instituição também possui uma participação na Paxos, que disponibiliza infraestrutura de ativos digitais, inclusive para o Mercado Pago, e emite a stablecoin USDP.
Crescimento
No segundo trimestre de 2022, o Mercado Pago obteve um crescimento de 56% na receita líquida, chegando a US$ 2,6 bilhões. Já o resultado operacional foi de US$ 250 milhões, com crescimento de 9%.
A empresa fechou o final do trimestre com uma alta de 26% no volume de vendas, com US$ 8,6 bilhões. E também apresentou um crescimento de 84% no volume de pagamentos processados, alcançando US$ 30,2 bilhões. Por fim, a instituição obteve 3,5 milhões de novos usuários no período.
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