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Mesmo com cenário de corte de juros, investir em fundos imobiliários ainda vale a pena?

Entenda como um levantamento indica que corte na Selic pode impactar no desempenho dos fundos imobiliários. Saiba mais!

Entre as principais expectativas acerca do noticiário econômico, muitos estão esperando o fim da estagnação da taxa Selic após 12 meses, a partir desta quarta-feira, 2 de agosto de 2023. Neste cenário, muitos investidores se perguntam sobre os movimentos dos fundos imobiliários.

Isso não é à toa, afinal a tendência de corte da taxa básica de juros da economia gera grande expectativa sobre como esta variação vai impactar o mercado financeiro, especialmente no que envolve a renda variável.

Assim, neste cenário, a XP Investimentos realizou um levantamento apontando a tendência de variação dos fundos imobiliários no período. Ademais, também é útil entender quais ativos devem permanecer interessantes mesmo após este corte inicial da Selic.

Expectativa para fundos imobiliários

Conforme a chefe de fundos listados da XP, Maria Fernanda Violatti, o período que antecede os cortes nos juros costuma ser positivo para os fundos imobiliários. Segundo a especialista, “se o passado serve como guia para o futuro, o ciclo de cortes, que está prestes a acontecer, deve ser marcado, novamente, por um comportamento de alta do Ifix (indicador de desempenho deste tipo de fundo)”. Dessa forma, ela se baseia no desempenho em três ciclos de cortes da Selic:

  • 2011 – 39,4% (máxima);
  • 2016 – 21,25% (máxima);
  • 2019 – 8,8% (máxima).

Vale destacar que a pandemia de Covid-19 impactou no ciclo de 2019. Além disso, a especialista aponta que a tendência para esse novo corte seja de uma média de 25% de alta. Em outras palavras, existem opções de renda variável que podem aumentar mais, porém, especialistas apontam que estas possuem um risco maior.

Ativos interessantes

Mesmo com este corte, a tendência é que os juros sigam acima de 10% até final do ano. Ou seja, alguns ativos, como fundos imobiliários atrelados ao CDI e ao IPCA, tendem a seguir como um bom negócio para o período. De acordo com Maria Fernanda, “esses fundos ainda têm espaço para entregar bons retornos aos cotistas, principalmente em ganhos de dividendos”.

Por fim, o estudo da XP apontou que, historicamente, fundos imobiliários de tijolo tendem a se ‘portar’ bem em momentos de cortes da Selic. Em outras palavras, para especialistas, essa pode ser uma opção interessante em um período de redução na taxa básica de juros.

Imagem: Song_about_summer/ shutterstock.com