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Meta fiscal é abandonada pelo governo e dólar dispara

O governo abandona a meta fiscal, provocando uma forte alta do dólar em relação ao real. Saiba mais informações!

A divulgação do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) na última segunda-feira (15) para o ano de 2025 trouxe repercussões imediatas ao mercado financeiro brasileiro. Logo, isso marca um momento de inflexão nas meta fiscal do país.

Dessa forma, apresentado pela equipe econômica liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o PLDO propõe um afastamento da meta de superávit prevista anteriormente. Passe-se, então, a projetar um déficit zero para o período em questão. Continue a leitura!

Fernando Haddad abandona meta fiscal

Fernando Haddad, ministro da Fazenda do Governo Federal.
Imagem: Salty View / shutterstock.com

Essa mudança de rota na meta fiscal do Brasil causou certo alvoroço nos mercados. Logo, levou a uma desvalorização expressiva do real frente ao dólar, que atingiu picos de R$ 5,21 ao longo da sessão. Isso resultou na pior performance entre as moedas de países emergentes analisadas.

Assim, a percepção do mercado quanto à responsabilidade fiscal do governo teve um impacto direto na confiança dos investidores, refletido na taxa de câmbio e na curva de juros futuro.

A afirmação do ministro de abandonar a ideia de um superávit modesto, mesmo que de apenas 0,5% do PIB, para um cenário de déficit zero trouxe à tona preocupações quanto à sustentabilidade fiscal do país a médio e longo prazo.

Quais foram as repercussões imediatas?

Diante dessa nova meta fiscal, o dólar, atingindo seu maior nível em seis meses, despiu a economia brasileira de parte de sua credibilidade fiscal perante investidores internacionais e nacionais.

Paralelamente, os juros futuros, indicativos das expectativas de inflação e de política monetária, registraram alta significativa. Assim, ultrapassou pela primeira vez no ano a marca dos 10,10% ao ano, sinalizando ceticismo quanto à capacidade do Banco Central de promover novos cortes na Selic.

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Em meio ao clima de incerteza, o Ibovespa, principal indicador do mercado acionário brasileiro, também sentiu os efeitos. Encerrou o dia em baixa de 0,49%, impactado principalmente pelos setores bancário e de serviços. As ações do Itaú, B3 S.A., e Localiza lideraram as baixas, enquanto BRF, Petrobras e Vale apresentaram desempenho positivo, por exemplo.

Imagem: Ronnie Chua / Shutterstock.com