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Milhões de brasileiros estão “perdendo dinheiro” por fazer isso

Hábito de brasileiros está causando incontáveis prejuízos a sua saúde financeira. Saiba o que é e como evitar.

Ainda é um hábito, para milhões de brasileiros, guardar suas economias em casa ao invés de colocá-las no banco. A expressão “guardar dinheiro no colchão” é, até hoje, uma realidade para uma parcela considerável da população.

Uma pesquisa da Anbima realizada em parceria com o Datafolha, divulgada com exclusividade no E-Investidor, revelou que mais de 3% da população ainda opta por não guardar dinheiro no banco. Saiba mais sobre os motivos dessa prática e porque isso faz as pessoas perderem dinheiro.

Por que as pessoas não utilizam os bancos?

Ainda segundo o levantamento da Anbima, o hábito de manter o dinheiro em casa parece estar relacionado com a classe econômica. Em todo o país, comparado ao ano anterior, o número de pessoas que não utilizam instituições bancárias para guardar todo ou parte do seu dinheiro subiu 1%. No entanto, esse índice entre brasileiros da classe C aumentou 2%.

O superintendente de educação da Anbima, Marcelo Billi, pondera que isso ocorre devido ao distanciamento das classes C a E dos sistemas bancários. Dessa forma, muitas dessas pessoas simplesmente ainda não estão familiarizadas com tais instrumentos.

Isso porque muitas pessoas abriram sua primeira conta bancária apenas recentemente, para receber auxílios financeiros na época da pandemia, como o Auxílio Emergencial. Existe, ainda, o mito de que os investimentos são exclusivos para pessoas que têm muito dinheiro, além da falta de confiança nos bancos, que também é um fator importante.

Qual é a perda para quem guarda dinheiro em casa?

Investir é fundamental para todos, especialmente para os trabalhadores que possuem rendas mais baixas, para evitar os efeitos negativos da inflação. Popularmente, é comum ouvir a expressão “o dinheiro não vale mais nada”. O fato é que o dinheiro vale menos na prática do que valia três décadas atrás.

De acordo com dados divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), entre 1995 e 2023, a cesta básica está 700% mais cara. Para o mesmo período, a inflação média ultrapassou 530%. Ou seja, quem guardou 100 reais na época, por causa da inflação, hoje teria algo em torno de 15 reais.

Isso porque, apesar de uma nota de 100 ser a mesma ao longo desses quase 30 anos, o preço de produtos e serviços subiu. Logo, o que se comprava antigamente com esse valor precisa de quase seis vezes mais dinheiro para ser adquirido. 

Com uma desvalorização tão significativa, poupar o dinheiro sem que haja rendimentos equivale a perder poder de compra. Com isso, fazer investimentos de baixo risco, como CDB ou Tesouro Selic, pode fazer uma grande diferença ao longo do tempo. Da mesma forma, os R$ 100 que, guardados em casa, viraram R$ 15 nos últimos 28 anos, se ajustados pela inflação, esse valor seria R$ 632,94.

Inclusive, para quem deseja começar a investir, pode fazer isso através de aplicativos de corretoras, bancos ou pelo app do Tesouro Direto (Android, iOS).

Imagem: fizkes / shutterstock.com