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Ministro de Lula compara entregadores e motoristas de aplicativo a escravos

Em reunião com sindicalistas, o ministro do Trabalho e Emprego citou a carga excessiva de trabalho de motoristas de aplicativo. Veja!

O Ministro do Trabalho e Emprego do governo Lula (PT), Luiz Marinho, disse, em um encontro com sindicalistas, na manhã de quarta-feira (18), que os entregadores e motoristas de aplicativo possuem serviços que beiram o trabalho escravo.

Segundo ele, esses funcionários chegam a trabalhar cerca de 16 horas diárias e não possuem acesso a benefícios importantes, como os trabalhadores de carteira assinada. Por exemplo, FGTS, férias remuneradas e descanso.

Por isso, Marinho acredita que é necessário fortalecer novamente a participação dos sindicatos nas diversas frentes de trabalho.

Sindicalistas deram prazo para o retorno de reivindicações

Durante o evento, o presidente Lula (PT) solicitou que sejam criadas políticas para a valorização do salário mínimo. Ou seja, ele espera que haja recomposição da inflação e ganho real já para o próximo ano.

Além disso, 11 líderes sindicais fizeram um pedido formal ao Ministro da Casa Civil, Rui Costa, por melhorias nas condições de trabalho, uma reforma trabalhista que beneficie quem ganha menos e uma revisão das leis vigentes.

Para Marinho, o retorno da força sindical nos processos de negociação é importante. Isso porque, segundo ele, “estão tornando o trabalhador praticamente semiescravo de forma regulada pela atual legislação”. Ele ainda disse que irá revisar cada uma dessas leis.

O prazo máximo de retorno do governo para um acordo com os movimentos sindicais é de 90 dias.

Outros pedidos feitos por sindicalistas e declaração sobre motoristas de aplicativo

Por fim, no conteúdo do pedido que os sindicalistas entregaram ao ministro, estão reivindicações como:

  • Uma lei específica para evitar a terceirização de postos de trabalho;
  • Ampliação dos programas de qualificação gratuitos;
  • Fortalecimento do papel do sindicato.

A declaração de Marinho comparando entregadores e motoristas de aplicativo a escravos ainda não teve repercussão entre as plataformas mais usadas pelos brasileiros, como Uber, 99 e iFood.

Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil