MST é expulso após invadir fazendas de empresa famosa
Na última terça-feira (7), a Polícia Militar baiana retirou, por determinação da Justiça, membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que, após invasões, ocupavam três fazendas de uma empresa de papel e celulose.
A saber, o MST estava acampado nas unidades de reflorestamento da Suzano, localizadas no Sul da Bahia, desde o dia 28 de fevereiro e permaneceram, assim, por uma semana no local. É importante mencionar que, após a expulsão do grupo por parte da PM, não houve confrontos.
Invasão do MST nas fazendas Suzano
Desde o final de fevereiro, cerca de 1500 trabalhadores sem terra, haviam invadido as fazendas da Suzano, o que marcou os primeiros movimentos dos militantes sociais durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
No entanto, as atitudes do grupo foram controversas às falas do presidente Lula durante a campanha política. Nesse sentido, o então candidato à presidência da república alegou em 2022 que, nos dias atuais, “o MST está mais maduro”, “altamente produtivo” e que o grupo não realiza mais invasões em terras produtivas.
O Movimento alega que as invasões foram causadas porque a empresa não cumpriu o acordo para fornecer assentamento às famílias sem terra da região. A Suzano nega essa versão dos fatos.
Dessa forma, a retirada dos integrantes do MST pela polícia foi realizada sob acompanhamento da corporação com assistentes sociais da Suzano e do governo da Bahia. O primeiro local a ser desocupado, foi a fazenda de Mucuri. Posteriormente, as propriedades de Caravelas e Teixeira de Freitas foram liberadas.
Reunião em Brasília
Após o acontecimento, foi marcada para essa quarta-feira (8), uma reunião em Brasília, a ser realizada entre representantes do MST, da empresa Suzano e do governo da Bahia com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira.
O intuito da conversa é encontrar soluções para cessar quaisquer conflitos existentes entre o grupo e a empresa de papel e celulose. Vale ressaltar que o encontro foi marcado após representantes da Suzano entrarem em contato com o ministro, solicitando intervenção no caso.
Ademais, Teixeira afirmou que, por meio da reunião que está marcada, será possível “retomar o diálogo interrompido há sete anos na Bahia”.
Imagem: Joa Souza/ shutterstock.com