Mudança no FGTS feita pelo governo pode trazer prejuízo ao trabalhador; entenda
A proposta do governo para o FGTS tem gerado preocupações legítimas entre os trabalhadores. Saiba mais informações!
Recentemente, a Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou uma proposta que está sendo discutida no Supremo Tribunal Federal (STF). Trata-se, portanto, da correção do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
Atualmente, a rentabilidade é calculada em 3% ao ano mais TR (Taxa Referencial). Porém, a nova proposta sugere uma remuneração que acompanhe ao menos a inflação. Especialistas alertam que isso pode não ser suficiente para compensar as perdas dos trabalhadores. Continue a leitura para mais informações!
Como a mudança afeta o rendimento do FGTS?
Analistas financeiros realizaram cálculos para comparar os rendimentos atuais com a proposta de correção pela inflação. Por exemplo, num cenário onde o trabalhador possui R$ 100.000 no FGTS, ele enfrentaria uma perda de R$ 440 em um ano com a nova correção ligada apenas à inflação.
Ademais, a preocupação é que durante períodos de inflação mais baixa, o saldo do FGTS pode não render o suficiente para compensar outras formas de investimentos ou mesmo a perda de poder aquisitivo.
O que muda com a correção pela inflação?
Marlon Glaciano, planejador financeiro especialista em finanças, disse à Folha de S. Paulo que a alteração proposta poderia não ser vantajosa se as correções continuarem ligadas somente à inflação. Ele explica que é crucial analisar outras variáveis nesse cálculo, pois apenas a inflação pode não ser suficiente para valorizar mais o FGTS.
Esta revisão da forma de correção é uma resposta a uma ação judicial que questiona a constitucionalidade da correção atual com base na TR, considerada insuficiente para repor as perdas inflacionárias.
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Já Mario Avelino, presidente do Instituto Fundo de Garantia do Trabalhador, argumenta que correções baseadas apenas na inflação não representam ganhos reais para o trabalhador, mas sim uma maneira de reduzir perdas. Ele afirma que é crucial que a atualização monetária do Fundo de Garantia reflita um verdadeiro aumento de capital, em vez de ser apenas uma adaptação à inflação.
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