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Mudança no sistema do Banco Central vai mexer no seu bolso; saiba como

Saiba mais sobre o novo sistema do Banco Central, amplamente utilizado em países desenvolvidos, e como pode afetar você.

O Banco Central do Brasil planeja implementar mudanças significativas no sistema de metas de inflação, um limite fixado para o aumento dos preços. O objetivo é garantir uma inflação controlada e previsível, o que resulta em juros mais estáveis e menores para a população.

Trata-se do sistema de meta contínua de inflação, amplamente utilizado em países desenvolvidos. Segundo o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, essa nova abordagem, defendida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, visa à eficiência.

No modelo atual, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabelece metas de janeiro a dezembro com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Metas de inflação contínua: maior prazo para estabilidade econômica e previsibilidade

Na meta de inflação contínua, a ideia é que a inflação esteja dentro de uma meta de prazo maior. Conforme previsto, pode se estender até dois anos, visando eliminar os efeitos de movimentos de curto prazo nos preços e proporcionando maior previsibilidade econômica.

Quando há aumento da inflação, o Banco Central adota a estratégia de elevar a taxa de juros para controlar os preços, havendo redução de gastos. No entanto, a nova regra de metas de inflação permite realizar uma análise mais cuidadosa dos movimentos inflacionários, evitando aumentos imediatos na taxa Selic.

Além disso, em um ano, diversos fatores externos, como conflitos internacionais e flutuações nos preços de produtos importantes no mercado global, podem causar aumentos temporários na inflação, não havendo tempo suficiente para que esses efeitos sazonais se dissipem.

Benefícios do novo sistema de metas de inflação proposto pelo Banco Central

Nesse contexto, uma meta que leve em consideração um período maior de análise traz benefícios ao permitir a eliminação dos movimentos de curto prazo que afetam a inflação. Entretanto, mesmo com essa abordagem, é necessário um acompanhamento frequente pelo Banco Central para manter a estabilidade dos preços.

Como resultado, essa medida proporcionará juros mais previsíveis e menores, beneficiando tanto pessoas físicas como empresas, facilitando o planejamento de médio e longo prazo. Os detalhes específicos da aplicação da nova regra a partir de 2025 ainda estão sendo definidos, incluindo a possibilidade de manutenção do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Atualmente, a meta de inflação do país está estabelecida em 3,25% para este ano e 3% para 2024 e 2025, todas com a mesma margem de tolerância.

Imagem: Brenda Rocha – Blossom / shutterstock.com