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Nova regra do rotativo pode triplicar valor de suas dívidas; entenda

Entenda como a nova regra do crédito rotativo pode diminuir muito a sua dívida de cartão de crédito atrasada

As novas regras em vigor desde 3 de janeiro para os juros rotativo do cartão de crédito têm o objetivo de barrar o endividamento avassalador de muitos consumidores inadimplentes no Brasil. A taxa de crédito rotativo é limitada a 100% ao ano, significativamente abaixo da média de aproximadamente 480% ao final de 2023. 

Porém, apesar de a redução dos juros, eles ainda estão entre as principais causas de endividamento e inadimplência no país. Mesmo com o novo limite, o cartão de crédito ainda oferece taxas proibitivas, alertam especialistas.

Nova regra do rotativo tenta limitar o crescimento da dívida

De acordo com a nova regra, sempre que uma dívida com cartão de crédito dobra de valor, ela deve parar de crescer. Por exemplo, uma dívida inicial de R$ 3.000 atingirá o seu limite quando chegar a R$ 6.000.

Previamente, a essa dívida poderia quase triplicar, subindo para R$ 17.340 em um ano, devido à taxa média de 478% cobrada pelas instituições financeiras.

A “bola de neve” dos juros altos

Os juros altos do cartão de crédito são uma das principais razões para a inadimplência no Brasil. Dados mais recentes da Serasa Experian, mostram que em setembro de 2023, 71,8 milhões de pessoas tinham dívidas em atraso no país. Deste montante total de dívidas, 29% eram pendências com bancos e cartões.

Especialistas salientam que, além da redução dos juros, é essencial que os consumidores utilizem as modalidades de crédito de forma mais consciente. Optar por práticas financeiras mais saudáveis ajuda a estabelecer uma base sólida e evita futuros endividamentos. 

Advogam também que, ao se deparar com uma dívida do cartão, o consumidor deve, sempre que possível, tentar quitá-la negociando com o banco.

Possíveis Impactos para os bancos

A nova regra pode afetar a operação dos bancos, no entanto, especialistas prevêem um impacto mínimo sobre a receita das instituições financeiras. Isso ocorre porque os clientes que estão sujeitos a juros tão altos geralmente já são considerados um risco elevado de inadimplência no planejamento das instituições. 

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Em um relatório recente, a Fitch Ratings indicou uma perspectiva neutra para o setor bancário brasileiro em 2024, citando a redução de exposições a ativos de risco como um equilíbrio para o aumento de créditos em atraso.

Imagem: Theethawat Bootmata / shutterstock.com