Novo imposto do Brasil pode ser o maior do mundo, segundo cálculos da Fazenda
Cálculos realizados apontam para uma alíquota elevada para os impostos do país a partir da Reforma Tributária. Veja!
As alíquotas-padrão da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), os novos impostos brasileiros, só serão definidas após a aprovação da Reforma Tributária pelo Congresso Nacional. Contudo, técnicos do Ministério da Fazenda conseguiram antecipar os cálculos. Os dados foram divulgados pelo portal Valor Econômico.
Com base nas estimativas, a soma dos dois tributos, para que o nível de arrecadação se mantenha, de 12,45% do Produto Interno Bruto (PIB), chegará entre 25% e 27%. Diante disso, ao considerar o pior dos cenários, o valor ainda fica abaixo do que se tem hoje, em que o padrão da tributação é de 34,4%.
Assim sendo, analistas apontam para uma realidade elevada quando comparada com outros países do mundo. O IVA (Imposto sobre Valor Agregado) é um modelo fiscal utilizado por diversos locais. No caso da Hungria, a maior alíquota do mundo, o patamar fica em 27%.
Maior imposto do mundo
As projeções para o maior imposto do mundo já haviam sido realizadas e publicadas por uma nota técnica do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgada em julho deste ano. O resultado foi baseado na proposta de Reforma Tributária aprovada pelos parlamentares.
Nesse sentido, a expectativa inicial era de que a alíquota ficasse em 25%. No entanto, as alterações realizadas no texto devem impactar ainda mais este cenário, podendo elevar a alíquota. Como aponta o resultado das análises da Fazenda neste momento.
De acordo com o pesquisador João Maria Oliveira, que acompanha o processo da reforma no Congresso, quanto mais forem inseridas exceções ao texto, maior será a alíquota efetiva para aqueles que ficam de fora.
Países com as maiores alíquotas do IVA
Agora, veja quais são os países com as maiores alíquotas do IVA em todo o mundo. Caso o cálculo para o Brasil se confirme, o que até então não é possível, o país pode liderar o ranking.
- Hungria: 27%;
- Suécia: 25%;
- Noruega: 25%;
- Dinamarca: 25%;
- Croácia: 25%;
- Islândia: 24%;
- Grécia: 24%;
- Finlândia: 24%;
- Portugal: 23%;
- Polônia: 23%.
Vale ressaltar que os dados foram divulgados pelo portal InvestNews, com base nas informações da PwC.
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