Open Finance: como funciona esse novo sistema do Banco Central?

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O mundo financeiro está em constante evolução, o que traz novas tecnologias para auxiliar os clientes na gestão do seu dinheiro. É disso que se trata o Open Finance.

Por determinação do Banco Central, os bancos tradicionais do Brasil já aderiram a essa novidade, que busca trazer mais transparência na vida financeira de seus clientes. Entenda o que é e como funciona o Open Finance!

O que é o Open Finance?

Em suma, o Open Finance se trata de uma evolução do Open Banking. O mesmo se trata de um compartilhamento de dados dos serviços financeiros e do encaminhamento de proposta de operação de banco.

Em definição, Open Finance é um processo de compartilhamento voluntário de dados empresariais, bancários, financeiros e comerciais. Isso engloba tanto quem é pessoa física, empreendedor ou empresa. O compartilhamento acontece por meio de uma plataforma gerenciada pelo Banco Central.

Dessa forma, o compartilhamento pode reunir serviços bancários e produtos financeiros, além de bancos, corretoras de valores, seguradoras, plataformas de investimento e fundo de previdência e pensão.

Como funciona o Open Finance?

Uma pessoa física ou empresa pode escolher se quer compartilhar os seus dados financeiros por meio de um canal digital da instituição da qual é cliente. Você já deve ter notado que essa opção está disponível nos aplicativos dos bancos que aderiram ao Open Finance.

A partir dos dados em que a pessoa ou empresa quis compartilhar, as instituições financeiras podem fazer ofertas de serviços financeiros. Isso acontece conforme o perfil de cada cliente, com taxas de juros e condições de investimento diferenciadas.

Quais bancos já aderiram ao Open Finance?

Diversos bancos tradicionais e também fintechs já aderiram ao Open Banking. Veja, abaixo, os nomes mais conhecidos:

• Banco do Brasil;
• Caixa Econômica Federal;
• Santander;
• Bradesco;
• Itaú Unibanco;
• Nubank;
• Banco Inter;
• C6 Bank;
• Mercado Pago;
• PicPay.

Qual é a vantagem de aderir ao Open Finance?

A principal vantagem desse novo sistema financeiro é que, por meio dele, é possível compartilhar o seu histórico financeiro.

Vamos supor que você é correntista na Caixa Econômica Federal e queira virar correntista do Santander. Esse novo relacionamento entre cliente e banco começaria do zero. Mas, com o Open Finance, todo o seu histórico na Caixa seria exportado para o Santander.

Dessa forma, o banco conhece melhor o seu perfil de cliente, possibilitando melhores ofertas de financiamento imobiliário, consórcio de veículos e empréstimo, por exemplo.

Ou seja, o Open Finance resolve um problema bem antigo na vida dos brasileiros: a migração de banco.

Ao aderir ao novo sistema, o cliente não tem que se preocupar mais em perder todas as vantagens que já tem construídas em outro banco, pois todas essas informações são disponibilizadas por meio do Open Finance.

Quais informações são compartilhadas?

Quem adere ao Open Finance (mediante autorização do cliente, que pode ser revogada a qualquer momento), fornece as seguintes dados aos bancos:

• Histórico de crédito;
• Contas abertas;
• Transações feitas;
• Cartões de crédito utilizados;
• Empréstimos realizados;
• Produtos contratados (seguro de vida, investimentos, etc).

Vale a pena aderir ao Open Finance?

Depende do seu objetivo. Principalmente para quem quer trocar de banco e deseja evitar toda a burocracia de cadastro e construção de histórico financeiro, pode, sim, valer a pena aderir ao Open Finance.

Agora, para você que já encontrou o seu banco ideal e não deseja testar novas opções, o Open Finance não oferece muitas vantagens. Além disso, na minha opinião, não tem porque você compartilhar os seus dados sem motivo.

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Imagem: THICHA SATAPITANON / Shutterstock.com