Ótima notícia para quem usa cartão de crédito

De acordo com o Mapa da Inadimplência e Negociação de Dívidas no Brasil da Serasa Experian, em fevereiro de 2023, 70,53 milhões de brasileiros estavam inadimplentes, sendo que 29,61% das dívidas dessas pessoas que estão com nome com restrição corresponde a débitos do cartão de crédito.

Diante disso, o Ministério da Fazenda, chefiado por Fernando Haddad (PT), montou um grupo de estudos para limitar os juros do cartão de crédito. Além disso, o Congresso Nacional trabalha na criação de um teto para os juros do rotativo do cartão, limitando a taxa a 8% ao mês. De acordo com dados do Banco Central, os juros do cartão chegam a 24,02% ao mês, o que corresponde a 417,5% ao ano.

O que dizem os bancos

No entanto, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirmou que fixar um teto nos juros do cartão de crédito geraria distorções em um mercado em que 95% dos usuários utilizam somente a modalidade de parcelamento sem juros.

Dessa forma, colocar um limite nos juros do rotativo poderia dificultar a modalidade das compras parceladas sem juros e impactar as tarifas de intercâmbio (TIC), que são estabelecidas pelas bandeiras e cobradas para pagar os emissores de cartões, compondo a taxa paga pelos lojistas.

Importância do cartão de crédito para a economia

Ademais, os bancos afirmaram que somente 5% dos usuários de cartão de crédito pagam juros. Entretanto, esta modalidade é de extrema importância para a economia do país, já que movimenta R$ 2 trilhões por ano, o que representa 21% do Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, 40% do consumo das famílias é realizado por cartão de crédito.

Para o ministro da Fazenda, Haddad, os juros do cartão de crédito são abusivos e “é ruim para a própria imagem dos bancos. Independente da alta da Selic, os juros do rotativo estão estratosféricos”.

*Com informações do UOL.

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