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Pedidos de demissão alcançaram números surpreendentes em agosto

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No mês de agosto, o número de brasileiros que pediram demissão bateu recorde e atingiu a marca de 632,8 mil, o que equivale a 35,7% do total de dispensas no mercado de trabalho do país. O levantamento foi realizado pela LCA Consultores, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Ao todo, foram registrados 1,77 milhão de demissões no mercado formal no período analisado. 

Demissão nos estados do país

As demissões ocorrem em números distintos em relação aos estados do país, é evidente. Em relação ao mês de agosto, só não houve recorde nas solicitações em 4 unidades federativas: Amapá, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. 

No ranking, São Paulo lidera com o maior número de pedidos de demissão no mês de agosto. Atualmente, o estado é o que mais emprega no país. 

Veja onde ocorreram mais pedidos de demissão no mês de agosto. 

  • São Paulo: 207.971;
  • Minas Gerais: 67.165;
  • Paraná: 57.807;
  • Santa Catarina: 55.756;
  • Rio Grande do Sul: 44.703. 

Agora, confira os estados com menor número de pedidos de demissão.

  • Amapá: 821;
  • Acre: 1.144;
  • Roraima: 1.216;
  • Sergipe: 1.859;
  • Piauí: 2.331. 

Demissão nos últimos 12 meses

Nos últimos 12 meses, o número de pedidos de demissão também atingiu recorde. No período, foram 6.595.634 solicitações no mercado de trabalho formal no país. O valor corresponde a ⅓ de todas as demissões. Ou seja, ⅓ foram demissões voluntárias entre os brasileiros. 

Todos os estados atingiram os maiores números de solicitações no mês de agosto, no acumulado de 12 meses, desde janeiro de 2020.

Aqui, São Paulo também lidera no ranking das demissões voluntárias, com 2.213.531. 

Demissão entre os setores

O levantamento também traz o número de demissões entre os setores no mês de agosto. Com base nos resultados, o setor de Comércio, Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas lidera. Veja. 

  • Comércio, Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas: 162.586;
  • Indústrias de Transformação: 95.525;
  • Atividades Administrativas e Serviços Complementares: 94.829;
  • Alojamento e Alimentação: 42.858;
  • Construção: 40.153. 

Demissão em alta x desemprego em alta

Apesar de o desemprego ter registrado queda neste ano, são 9,7 milhões de pessoas sem trabalho no país, além de um alto índice de informalidade, que vem registrando recordes nos últimos meses. Ainda assim, há o registro dos números surpreendentes nos pedidos de demissão. 

O cenário é contraditório, mas é a realidade do mercado de trabalho no Brasil, que sofre com os efeitos da pandemia de Covid-19 em ambas as direções.

Imagem: Orlando Neto/shutterstock.com