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Péssima notícia para os brasileiros sobre cartões de crédito

Segundo o CEO da Nubank, David Vélez, os cartões de credito podem estar com os dias contados para milhões de brasileiros. Entenda.

Você já parou para pensar como seria sua vida sem um cartão de crédito? Essa ferramenta tão útil no dia a dia pode estar com os dias contados para milhões de brasileiros, segundo o CEO do Nubank, David Vélez.

O governo vem estudando a possibilidade de estabelecer um teto de juros para o rotativo do cartão de crédito. Essa medida pode, segundo Vélez, ter um impacto negativo na indústria financeira e resultar na perda do cartão para muitas pessoas. Entenda.

Haddad deseja criar um teto de juros no cartão de crédito

Fernando Haddad, o ministro da Fazenda, anunciou que buscará estabelecer acordos com as instituições financeiras para diminuir a alta taxa de juros cobrada nas operações com cartão de crédito rotativo. Essa é considerada a linha de crédito mais cara do mercado financeiro e tem impacto significativo sobre a população de baixa renda.

Ele se reuniu com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e com CEOs de instituições financeiras privadas para tratar do assunto. Também incluiu essa negociação como uma das 14 medidas do conjunto de medidas para destravar o crédito bancário. 

Atualmente, a taxa de juros do rotativo é de 417,35% ao ano, o maior dado desde agosto de 2017 e a mais alta do sistema financeiro.

Criação de um grupo para pensar na questão

Antes da reunião, Haddad declarou que seriam discutidas possíveis soluções para as altas taxas de juros do cartão de crédito. No entanto, ao término do encontro, o ministro adotou um tom mais cauteloso e informou que um grupo de trabalho será criado para estudar o assunto. 

De acordo com uma fonte que participou das discussões e falou ao jornal Valor, a Fazenda parece ter compreendido a complexidade da indústria de cartões e a racionalidade econômica envolvida.

Por que Vélez acha que não será um bom negócio?

Em entrevista ao Valor Econômico, Vélez alerta que a medida poderia resultar na perda do cartão de crédito para dezenas de milhões de pessoas de forma abrupta, uma vez que a operação não seria mais rentável. 

O empresário sugere que a solução para a questão não é limitar os juros, mas sim promover mais concorrência no mercado. Também é preciso lidar com a questão macroeconômica, uma vez que o alto nível de inflação não está sob o controle das instituições financeiras. 

Imagem: Regreto / shutterstock.com – Edição: Equipe SeuCreditoDigital