Seu Crédito Digital
O Seu Crédito Digital é um portal de conteúdo em finanças, com atualizações sobre crédito, cartões de crédito, bancos e fintechs.

Piora das expectativas da inflação fará cortes na taxa básica de juros serem adiados

Projeções do mercado financeiro tem apontado uma escalada na inflação, o que dificulta a queda da taxa de juros. Entenda!

Atualmente, a taxa básica de juros, a Selic, está estagnada em 13,75% ao ano desde a última definição do Banco Central, no ano passado. O patamar, considerado alto, deve permanecer assim pelos próximos meses, ao que tudo indica. Isso porque as projeções do mercado sobre a inflação têm registrado alta nas últimas semanas. 

A taxa de juros é usada como ferramenta para conter a escalada do índice inflacionário no país, ou seja, o aumento de preços. Diante disso, a Selic deve recuar, de forma mínima, para 12% apenas no final deste ano, segundo expectativas da IFI (Instituição Fiscal Independente). 

Aumento na projeção da inflação

A versão mais recente do Boletim Focus, que aponta as projeções do mercado financeiro para os fatores da economia, foi publicada nesta segunda-feira (23). De acordo com as instituições financeiras, a projeção da inflação passou de 5,39% para 5,48%, o que representa a 6ª alta consecutiva. 

Dessa forma, as expectativas para a queda na taxa básica de juros são postergadas automaticamente. 

Além disso, com a mudança política no país, o mercado tem projetado uma inflação maior também para os próximos anos. Ou seja, as expectativas para o aumento nos preços seguem de forma prolongada.

Um dos fatores que explicam as atuais projeções do mercado é a preocupação com a situação fiscal do país, depois da ampliação do teto de gastos em R$ 145 bilhões por meio da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Transição. O objetivo era viabilizar as promessas de campanha do presidente Lula (PT). 

Queda nos preços em 2022

É importante ressaltar que a inflação do ano passado, que chegou à casa de dois dígitos, só começou a cair após medidas drásticas para reduzir os preços dos combustíveis adotadas pelo Governo Federal. Ainda assim, a Selic se manteve em 13,75%. 

A taxa inflacionária fechou o ano em 5,79% e ultrapassou a meta do Conselho Monetário Nacional, de no máximo 5%.

Imagem: Dmitry Demidovich/shutterstock.com