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PIX: conheça as diversas modalidades de pagamento

Mesmo que alguns limites tenham sido impostos por questões de segurança, as funções do Pix são quase ilimitadas em períodos e valores

Pagamentos instantâneos já são realidade no Brasil e foram recebidos com muito entusiasmo pela população. O agora popular PIX facilitou diversos tipos de transação e, em pouco tempo, desencadeou em serviços novos para bancos e demais instituições financeiras.

Antes mesmo do PIX, as opções de TED e DOC eram bastante comuns. Com a criação e popularização dos internet bankings, elas se tornaram práticas e, em certa medida, mais rápidas.

Contudo, ainda existiam taxas e limitações de períodos do dia, tanto para TED quanto DOC, em que essas transferências poderiam ser feitas. 

Com a criação do PIX, mesmo que alguns limites tenham sido impostos decorrentes de questões de segurança, as funções são quase ilimitadas em períodos e valores.

Alguns países já possuíam serviços similares ao PIX, antes da sua criação no Brasil, mas o surgimento desse tipo de pagamento no País foi anterior ao de nações desenvolvidas.

O banco central dos EUA, o Federal Reserve (Fed), por exemplo, lançará um serviço de pagamentos instantâneos para todos os bancos apenas em 2023. O serviço se chamará Fednow.

Exemplos como o do Reino Unido são anteriores. O Faster Payments, espécie de PIX britânico já existe há mais de uma década.

E o exemplo brasileiro?

Como surgiu o PIX

Apesar de ter sido lançado no ano de 2020, o PIX começou a ser desenvolvido pelo Banco Central brasileiro já no ano de 2018. A portaria de número 97.909 estabelecia a criação dos primeiros grupos temáticos dedicados ao desenvolvimento do serviço.

Desde a sua implementação em novembro de 2020, o serviço só ganhou mais adeptos. Em dezembro de 2020, eram cerca de 128 milhões de chaves criadas para pessoas físicas no País. 

Contudo, menos de dois anos depois, em novembro de 2022, já somavam mais de 512 milhões, segundo dados do Banco Central.

Com o passar do tempo, novos serviços foram disponibilizados, bem como os bancos e as financeiras se adaptaram tranquilamente ao PIX. 

Esses são os casos do PIX Saque e PIX Troco. Os dois serviços, lançados em 2022, possibilitam opções de valores financeiros físicos.

Alguns outros serviços surgiram mais em decorrência de possibilidades observadas pelas fintechs e bancos do que necessariamente iniciativas do Banco Central. Esse é o caso de opções como o PIX Crédito e o PIX parcelado.

Conheça, a seguir, algumas das opções de serviços de transferência instantânea mais tradicionais e recentes.

Quais são as opções de PIX

Apesar de o próprio Banco Central trabalhar pelo aprimoramento e a inovação de serviços associadas ao PIX, existem também inovações das próprias financeiras em busca de oferecer diferenciais aos seus clientes.

Vale lembrar que, para serem autorizados, esses serviços devem passar por avaliação ou regulamentação do próprio Banco Central. Nesses casos, é comum que alguma das empresas provoque o BC por uma decisão.

Pagamentos com débito

Esse é o tipo mais tradicional de transação utilizando o PIX. Além de permitir a transferência de valores entre pessoas físicas, também é possível pagar contas para pessoas jurídicas ou mesmo serviços, compras presenciais e online.

As opções são várias. Para pessoas físicas, as transferências podem ser feitas por meio de chaves aleatórias, CPF, e-mail e número de telefone. Além disso, é possível fazer um QR code para receber valores específicos.

No caso de empresas, as opções são similares. A alteração principal é que, ao invés do CNPJ, é necessário apresentar o CPF. Outra possibilidade bem comum para empresas é o QR code estático. 

Nesse caso, não é o código que muda de acordo com o valor da compra, mas sim o valor que o cliente insere no aplicativo do banco após fazer a leitura da imagem.

Regras como o limite de valor das transferências e a quantidade máxima delas são definidas pela própria empresa. As únicas condições estipuladas pelo Banco Central, desde outubro de 2021, são para transferências noturnas e valores mínimos.

Com o intuito de evitar roubos e golpes, foi estabelecido que as transferências via PIX não poderiam ser maiores de R$ 1.000 entre 20h e 6h. O horário inicial pode ser alterado por usuários para as 22h.

Também é exigido que os bancos ou financeiras tenham um piso de transferência instantânea maior do que o valor permitido por elas mesmas para TED e DOC.

Saque e PIX Troco

Essas duas modalidades são bem simples e lembram um serviço bancário.

O PIX Saque permite que clientes façam transferências para um estabelecimento, como um restaurante, um bar ou uma loja de roupas, e saque o dinheiro com o próprio empreendimento.

Já no caso do PIX Troco, é necessário de fato fazer uma compra ou contratar um serviço. Como o nome sugere, o dinheiro físico vem em formato de troco. 

Portanto, a pessoa paga um valor superior ao da compra e, ao receber o produto, também pega a diferença em dinheiro em espécie.

Celular mostrando logo do PIX, com uma mão em cima
Imagem: rafapress / shutterstock.com

Crédito

Essa modalidade de transferência foi criada em 2022. O primeiro grande banco a se movimentar pelo PIX crédito foi o Itaú Unibanco.

Não é tão complexo entender como funciona o PIX crédito. Na verdade, ele é similar a um financiamento ou empréstimo. Ao pagar uma conta com a função crédito, o cliente do banco usa o limite do seu próprio cartão de crédito para fazer uma transferência.

Normalmente, nos aplicativos dos bancos, é possível selecionar as opções de saldo em conta ou limite do crédito para fazer o PIX. 

A grande diferença da função crédito é que, ao invés de um débito na conta corrente, o valor será adicionado à fatura do cartão de crédito.

É importante se atentar, uma vez que os pagamentos em PIX via crédito tendem a ser à vista, portanto, é indicado para situações emergenciais. 

Em casos de parcelamento, por exemplo, o ideal é utilizar a função tradicional de cartão de crédito.

O pagamento do cartão nos prazos corretos costuma não acarretar em nenhum problema. 

No entanto, deixar dívidas do crédito acumularem após o vencimento implica em juros para os devedores.

Parcelado

Esse é o tipo de PIX recomendado a quem está fazendo uma compra parcelada. A ideia parece com uma compra no crédito, com a diferença de que que o valor é debitado da própria conta corrente.

Para ficar mais simples, vamos imaginar uma conta parcelada no crédito.

Uma pessoa compra um produto de R$ 500 e o divide em cinco parcelas sem juros. A cada mês, R$ 100 serão cobrados do seu cartão de crédito. Ao fim do mês, o valor total da conta no crédito é pago no prazo de vencimento.

No caso do PIX parcelado, as últimas etapas mudam. Ao invés de uma cobrança no cartão de crédito, um valor da própria conta corrente será debitado na data definida no momento da compra, por meio de um PIX.

(Com Iuri Santos)

PIX: ilustração Reprodução Banco Central