Por que a XP e o PicPay não querem mais oferecer operação de compra e venda de criptoativos?
Tanto a XP quanto o PicPay anunciaram o encerramento na venda de compra de criptoativos; entenda os motivos disso.
Na semana passada, duas das principais instituições financeiras do Brasil, a XP e o PicPay, surpreenderam o mercado ao anunciar o encerramento de suas atividades de compra e venda de criptoativos.
O fato que mais chamou atenção é que o comunicado chegou apenas alguns meses após o lançamento de suas “exchanges”, que ocorreu em agosto do ano passado. Isso levantou muitas especulações sobre as razões por trás da decisão.
Por um lado, a XP não forneceu uma explicação para sua decisão. Em contrapartida, o PicPay justificou sua pausa nas operações de criptomoedas citando uma “indefinição regulatória do setor”.
PicPay não tem regulamentação definida
PicPay optou por pausar suas operações de criptomoedas, porque o setor está indefinido quanto às suas regulamentações. Nesse contexto, o executivo responsável pela operação no banco digital, Daniel Mandil, destacou que, apesar dos avanços regulatórios recentes, o quadro legal ainda permanece em aberto.
No entanto, o PicPay assegurou que essa decisão não afetará sua participação nos testes da Drex, a moeda digital desenvolvida pelo Banco Central (BC). Além disso, a fintech também ressaltou que a pausa permitirá concentrar esforços na evolução de seu ecossistema financeiro.
XP usa sua plataforma para anunciar o encerramento dos criptoativos
A XP anunciou o encerramento das operações de compra e venda de criptoativos por meio de sua plataforma, a Xtage. No entanto, a empresa não forneceu uma explicação específica para essa decisão.
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A XP informou que seus clientes terão acesso à Xtage para vender seus ativos até 15 de dezembro deste ano. Portanto, após essa data, a plataforma venderá compulsoriamente os ativos que não forem negociados e depositará o valor na conta digital do cliente mantida na XP.
Turbulência no mercado de criptoativos
O último ano foi marcado por turbulências significativas no mercado de criptoativos, com a quebra de gigantes do setor, como a FTX. Além disso, houve uma série de solicitações de proteção contra falência. Esses eventos abalaram a confiança dos investidores e enfatizaram os desafios inerentes ao universo das criptomoedas.
Um dos indicadores mais impactantes dessa instabilidade foi a queda acentuada no preço do Bitcoin, a criptomoeda mais reconhecida, com uma desvalorização de 64% em 2022. Por fim, embora 2023 tenha trazido alguma recuperação para o Bitcoin, o preço ainda está distante das máximas históricas alcançadas em 2021, quando atingiu a marca de US$ 69.000.
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