Por que as empresas aéreas estão em crise? Entenda

Com dívidas de cerca de R$ 20 bilhões, a companhia aérea Gol entrou em recuperação judicial nos Estados Unidos no dia 27 de janeiro. Assim, o episódio escancarou a situação das companhias aéreas que vêm sofrendo desde a pandemia da Covid-19, com taxas de juros elevadas e preço do combustível de aviação (QAV) nas alturas.

De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), para que o setor saia da atual crise, é preciso que haja a concessão de um crédito doméstico e de uma revisão na atual política de preços do combustível de aviação. Veja mais detalhes!

Ajuda às empresas aéreas

Diante disso, o Ministério de Portos e Aeroportos juntamente com o Ministério da Fazenda, está tentando elaborar um plano de socorro às companhias aéreas, que envolve também o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Petrobras.

Dessa forma, está sendo debatida uma possível criação de um fundo garantidor de empréstimo, além de linhas de financiamento destinadas ao setor e a redução do QAV. No entanto, atualmente, não há um auxílio ao setor no país por meio de políticas públicas. Além disso, a margem de lucro das companhias aéreas é muito baixa.

Caos no sistema de transporte aéreo nacional

Atualmente, mais de 99% do mercado brasileiro é dominado pelas companhias aéreas Gol, Azul e Latam. Sendo que o segmento doméstico, ou seja, dentro do país, movimentou 91,4 milhões de passageiros, de um total de 112,6 milhões.

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Por fim, vale lembrar que em 2022, a Latam finalizou um processo de recuperação judicial nos Estados Unidos e, assim, normalizou a operação da empresa. Já a Azul precisou renegociar dívidas de aeronaves em 2023. Assim, se uma dessas empresas vier a pedir falência, pode haver um caos no sistema de transporte nacional.

Imagem: Dima Moroz / Shutterstock.com