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Preço dos alimentos cai pela primeira vez em dois anos

Tempo estimado de leitura: 3 minutos

De acordo com a prévia da inflação indicada pelo IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15), os preços dos alimentos registraram queda de 0,47%, o primeiro resultado negativo em dois anos. 

Apesar da redução, os preços ainda seguem em alto patamar, visto que, no acumulado de 12 meses, o grupo de alimentos e bebidas apresentou alta de 12,73%, taxa maior que a inflação geral do período. 

Preço dos alimentos 

Mesmo com a redução nos preços dos alimentos, analistas acreditam que essa diminuição não deve ser significativa para o bolso dos brasileiros. Isso porque, como citado acima, no período de 12 meses, os preços aumentaram drasticamente. Além disso, alguns itens que tiveram o valor reduzido são produtos que já estavam bem caros. 

Segundo o IPCA-15, as principais quedas foram registradas nos seguintes alimentos: 

  • Leite longa vida: -12,01%;
  • Tomate: -8,07%;
  • Óleo de soja: -6,07%;
  • Pepino: -17,49%;
  • Morango: -25%;
  • Melancia: -13,17%. 

Contudo, o leite, por exemplo, acumula alta de 58,19% somente neste ano. 

Outro ponto importante é que, mesmo com a queda de alguns produtos, outros que são considerados básicos, como macarrão e cebola, tiveram aumento nos preços no último mês. 

O preço dos alimentos no Brasil é impactado pela sazonalidade, ou seja, a produção pode ser prejudicada pela quantidade de chuva e a temperatura mais fria. O contrário também acontece: quando o clima é favorável à produção, os alimentos ficam mais baratos. 

Além disso, no momento atual, diversos países do mundo passam por um momento de desaceleração econômica devido aos efeitos da pandemia de Covid-19 e da Guerra na Ucrânia. 

Preço dos alimentos continuará caindo? 

Isso depende dos fatores citados acima. Neste momento, tudo vai depender das produções dos alimentos, em que o clima pode ser favorável ou não, e do cenário internacional. 

Com a queda na inflação brasileira e as perspectivas de baixa para os próximos meses, pode ser que os preços dos alimentos sigam em queda. Mas é válido lembrar que, como o aumento foi muito expressivo nos meses anteriores, para o consumidor começar a sentir diferença na hora das compras, pode ser que demore um pouco mais. 

Preço dos alimentos e a queda dos combustíveis 

Nos últimos meses, os preços dos combustíveis mostraram queda expressiva. De certa forma, esse valor afeta o preço final dos alimentos, que precisam de transporte para a distribuição. Com o combustível mais barato, alguns alimentos ficam mais em conta também. 

Inclusive, a deflação geral do IPCA-15 foi puxada justamente pela diminuição dos preços dos combustíveis no Brasil.

Imagem: Maxx-Studio/shutterstock.com