Preços de alimentos podem subir com enchentes no RS; saiba mais

As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul nos últimos dias causaram estragos em diversas áreas do estado. Assim, afetando a produção agrícola e pecuária. Com isso, especialistas alertam para a possibilidade de um aumento nos preços de alimentos como arroz, leite, carne e outros produtos da cesta básica.

O Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz do Brasil, responsável por 70% da produção no país, e as inundações atingiram áreas importantes de cultivo. Estima-se que cerca de 200 mil hectares de plantações de arroz foram danificadas, o que representa cerca de 10% da produção total do estado.

Produtos que mais sofrem com as chuvas

De acordo com uma fonte do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ouvida pela IstoÉ Dinheiro, a preocupação atual é com a parte da safra de arroz que, embora colhida, encontra-se nas áreas isoladas, o que poderia trazer impactos significativos na inflação. 

Além disso, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da USP revela que já houve um ligeiro aumento no preço do arroz no estado até a última análise. Assim, esse cenário levanta um alerta sobre o aumento dos preços ao consumidor final, caso a situação persista.

Enquanto a soja e o milho têm uma influência mais indireta na inflação do varejo, o arroz se destaca com uma pressão mais direta por ser um componente vital na alimentação no domicílio. André Braz, economista da Fundação Getulio Vargas, comenta que os impactos no atacado serão ainda maiores devido à parte da safra que não foi colhida.

Desafios futuros no preço dos alimentos

No entanto, o caos instalado pelas chuvas vai além dos prejuízos imediatos. Há uma preocupação na logística de distribuição, especialmente para o leite e laticínios. Já que muitas vacas foram levadas pelas águas ou ficaram sem acesso a pastagens e água potável.

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Assim, a distribuição interrompida para outros estados poderia resultar em uma perda significativa,. Impactando o índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maneira mais aguda. Dessa forma, o processo de recuperação e normalização desses fluxos será crucial para estabilizar os preços e garantir o abastecimento.

Imagem: Maxx-Studio/shuttertock.com