Presidente da Shein alfineta dono da Havan e dona da Magalu

A disputa entre os e-commerces asiáticos e as grandes empresas nacionais são frequentes no país. Essa questão aconteceu depois das varejistas chinesas, como Shein, Shopee e AliExpress, adentrarem no mercado brasileiro.

Com isso, Luiza Trajano, dona da Magalu, e Luciano Hang, dono da Havan, criticaram a situação das suas empresas em relação às asiáticas. Diante dessa situação, o sócio e presidente da Shein, Marcelo Claure, também se defendeu das críticas.

Entenda qual é a crítica a respeito da Shein

A fala que criticou a Shein e deu o estopim para a defesa de Claure, presidente da Shein, aconteceu na participação de Luiza Trajano no South Summit Brazil.

Em março deste ano, a empresária afirmou que “não tem jeito de competir se você paga 37% de imposto e o outro não paga”. Nesse sentido, Luiza não se referiu a nenhuma varejista, porém a resposta foi para uma pergunta sobre a chegada dos varejistas asiáticos no país.

No caso de Luciano Hang, CEO da Havan, a situação aconteceu quando o próprio convidou Ricardo Patah, o presidente da central sindical UGT (União Geral dos Trabalhadores), para conhecer as instalações da unidade em Santa Catarina.

O caso do Hang também aconteceu em março, segundo o colunista Guilherme Seto. No encontro de ambos, Luciano Hang mostrou alguns dos e-commerces internacionais que estão arruinando com os varejistas brasileiros.

Assim, ele concluiu que, independente do tamanho da empresa, as companhias estão sendo afetadas pelas gigantes chinesas. Por fim, Hang pediu ajuda ao presidente da central sindical UGT, para tentar reverter essa situação.

Como reagiu a empresa chinesa?

Diante desse cenário, o sócio e presidente da Shein, Marcelo Claure, defendeu-se das críticas, em entrevista exclusiva concedida à Folha de S. Paulo.

As varejistas famosas foram acusadas de concorrência desleal pelos empresários da Magazine Luiza e da Lojas Havan. Com isso, Claire se defendeu das ações e afirmou: “Em vez dos empresários entenderem que precisam rever seus modelos de produção, criticam”.

Ainda assim, ele retrucou a fala de Luiza Trajano e afirmou que o sucesso da Shein não vem da falta de pagamento de impostos, pelo contrário, ele tem vários outros critérios, como:

• Modelo de produção sob demanda, digitalizado e integrado aos fornecedores;
• Utilização de inteligência artificial para garantir quase 0% do estoque;
• Fabricação digital — pois a empresa seleciona os tecidos e seus estilistas desenham a partir das opções disponíveis.

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