Presidente do Banco Central dá notícia que desanima os brasileiros
Presidente do Banco Central comparece em Comissão do Senado, mas as informações que passa não agradam os políticos. Entenda.
O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, participou da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no Senado. No encontro, os senadores fizeram várias perguntas e as respostas podem não agradar à população.
Um dos assuntos que os senadores mais abordaram foi a taxa de juros básica (Selic) do Brasil. Atualmente, ela está em 13,75% ao ano. Além disso, o governo federal vem fazendo pressão política para que o Banco Central reduza a taxa de juros.
Ainda, consoante a retórica do presidente Lula e da sua equipe econômica, a taxa de juros alta está comprometendo a capacidade de crescimento do país. O que contribui para a atual desaceleração da economia.
Presidente do Banco Central não sabe quando a taxa de juros vai cair
Os senadores perguntaram ao presidente do Banco Central se ele sabe quando a taxa de juros irá cair. A resposta não agradou a várias pessoas, pois Neto informou não saber quando isso acontecerá.
Desse modo, de acordo com o relatório Focus, que conta com a participação de 100 instituições financeiras, a expectativa do mercado é que a redução comece a acontecer a partir de setembro, quando a Selic deve cair para 13,50%. Entretanto, Campos Neto deixou claro que essa não é uma decisão só dele.
O presidente do Banco Central é apenas uma das pessoas com o poder de voto no Comitê de Política Monetária (Copom). O grupo é formado pelos diretores e pelo presidente do BC, responsável por determinar a taxa básica de juros.
Inflação e arcabouço fiscal
Conforme Campos Neto, o motivo por que a taxa de juros ainda não caiu é a inflação. Segundo o presidente do Banco Central, o objetivo é trazer a inflação para próximo da meta.
À vista disso, os Senadores também perguntaram sobre o arcabouço fiscal, e o chefe do BC disse que ele está no caminho certo para combater a dívida pública, contudo não tem uma ligação mecânica direta com a Selic, como muitos acreditam.
Imagem: Lula Marques/ Agência Brasil