Presidente do INSS revela dado assustador

Nos últimos dez anos, mais da metade dos servidores do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) foram perdidos. O dado é preocupante quando pensamos na garantia dos benefícios de aposentadoria e da pensão aos trabalhadores que ainda são ativos.

Glauco André Fonseca Wamburg, novo presidente da instituição, afirma ter dificuldade de cumprir a meta, firmada pelo ministro da Previdência, Carlos Lupi, que objetiva o controle da fila de espera pela concessão de benefícios. Para a presidência do INSS, algumas medidas podem melhorar.

Por exemplo, implementar convênios com o Sistema Único de Saúde (SUS) e outros órgãos, bem como implantar a teleperícia, podem delegar funções do órgão e tornar o encaminhamento de processos mais rápido.

Entenda a crise no INSS

Em suma, é esperado que cerca de 1.000 funcionários sejam chamados para tomada de posse do último concurso público realizado no governo anterior, o que melhoraria a agilidade dos processos, uma vez que haveria aumento no quadro de servidores.

No entanto, os dados são alarmantes: cerca de 1,8 milhão de segurados aguardam pela análise de pedidos no INSS, dentre eles, a maior parte (mais de 50%) é de solicitações de perícia médica federal — para benefícios por invalidez, por exemplo. Demanda que é de responsabilidade da associação dos médicos peritos da previdência.

Dessa forma, um serviço facilitador da agência foi a criação de um canal de contato virtual, o Meu INSS, bem como o canal telefônico 135, que é utilizado para agendamento de visitas e processos no órgão, com o objetivo de evitar as filas nas agências do país.

Em suma, com menos funcionários ativos, a ferramenta solucionou parte do problema. Afinal, Wamburg afirma que o INSS recebe cerca de meio milhão de solicitações por mês, que corresponde ao dobro de solicitações de dez anos atrás, porém com a metade dos servidores ativos.

Quanto aos desafios, o presidente alega que um dos principais é a motivação da equipe de servidores, que perdeu uma bonificação salarial durante a troca de governo do país, após o vencimento da medida. Além disso, a categoria não tem um aumento salarial já faz muito tempo.

Por fim, outro desafio a ser enfrentado, dessa vez pelos cidadãos, seria o entendimento dos próprios direitos, o que facilitaria o quadro de dúvidas da população em relação ao INSS, segundo Wamburg:

“É garantir que o segurado tenha condições de, cada vez mais, ser o gestor do seu próprio processo previdenciário. Isso é um processo longo. Nós não temos ainda essa cultura disso no Brasil. O nosso processo hoje é 100% digital e estamos criando formas para que ele seja mais simplificado e eficiente”.

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