Procura por crédito diminui 12% em março: o que significa?
Pesquisa aponta baixa na procura por crédito em março deste ano, em todas as classes e estados do país. Saiba mais.
O Indicador de Demanda dos Consumidores de Crédito, realizado pela Serasa Experian, divulgou na última quarta-feira, 26 de abril de 2023, que a procura por crédito caiu 12% em março, na comparação com o mesmo período em 2022.
Neste contexto, a pesquisa aponta que a busca dos consumidores mudou em relação ao ano anterior, sendo que o cenário de baixa se repetiu em todos os estados do país, com destaque para o Amapá, onde a queda foi superior a 27%.
Vale ressaltar que esta foi a terceira vez seguida que o indicador de procura por crédito diminuiu em relação ao ano anterior. Assim, os resultados apresentados em março seguiram a mesma linha de janeiro e fevereiro, indicando um comportamento do consumidor brasileiro.
Detalhes da baixa na procura por crédito
Um dos pontos destacados na pesquisa da Serasa Experian sobre a procura por crédito foi que a baixa ocorreu em todas as faixas econômicas. Conforme os dados, a procura por crédito caiu 14,5% entre as pessoas que recebem mensalmente de R$500 e R$1000.
Enquanto, do outro lado, a queda também ocorreu com o público de alta renda, com retração de 7,6% entre a população com uma renda mensal superior a R$10 mil. A lista geral sobre a procura de crédito ficou da seguinte forma, de acordo com a faixa de rendimentos:
- Até R$500 – queda de 13,2%;
- R$1000 até R$2000 – queda de 10,5%;
- R$2000 até R$5000 – queda de 9%;
- R$5000 até R$10000 – queda de 7,9%.
Entre os principais motivos para esta redução na procura por crédito, vale destacar o nível de inadimplência recorde, com 70 milhões de brasileiros, além do elevado patamar de juros, com previsão para ficar acima de 13%, e a alta da inflação.
Ranking dos estados
Outro destaque da pesquisa ficou por conta da baixa na procura por crédito em todos os estados mais Distrito Federal. Como apontado anteriormente, o Amapá lidera, com queda de 27,3%. Contudo, Alagoas, com 24,9%, e Rio de Janeiro, com 21,6%, também se destacam no ranking.
Imagem: Teerasak Ladnongkhun/shutterstock.com
