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Profissão dos sonhos? Proposta pode mudar atividades destes influencers; entenda

O texto da proposta prevê que a atividade seja regida por um contrato entre contrantes e influencers para serviços de publicidade.

Os influencers digitais são aquelas pessoas que utilizam alguma ou várias redes sociais para abordar diferentes assuntos na internet. Dentre os diversos nichos que estão esses influenciadores, alguns se propõem a falar sobre mercado financeiro e investimentos – são os chamados “finfluencers”. 

Por causa do alcance e da popularidade dessas pessoas, algumas instituições brasileiras acabam firmando contratos com elas para que suas marcas e produtos sejam divulgados. Até pouco tempo, esses contratos não tinham regras para serem feitos, e por isso a Associação Brasileira das Entidades do Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima) decidiu interferir. Saiba mais.

Qual foi a atitude da Anbima?

A Associação abriu uma audiência pública para para discutir sobre possíveis novas regras para a contratação dos finfluencers e a divulgação dos produtos das marcas. Segundo a Anbima, o esboço da regulação de contrato entre instituições financeiras e influenciadores é uma atualização do Código De Distribuição de investimentos.  

Em entrevista à Valor Investe, o gerente de representação de distribuição de produtos de investimento da Anbima, Luiz Henrique Carvalho, afirmou que o objetivo da entidade fazer com que a relação comercial entre as duas partes seja transparente, já que muitos consumidores do conteúdo não conseguem identificá-lo com publicidade. 

Quais as propostas da regulação?

O documento propõe que toda publicidade deverá ser informada pelo influenciador de alguma maneira, escrita ou verbal, e que a instituição é responsável pelo conteúdo apresentado. Além disso, a empresa contratante deverá garantir que o finfluencer que está fazendo alguma recomendação ou análise de algo tenha a certificação e autorização necessária para tal propaganda. 

A regulação ainda prevê que o contrato entre influencers digitais e instituições financeiras seja obrigatório, sendo a única maneira de reger as relações comerciais entre eles. No contrato deve constar a remuneração, os meios de divulgação, a descrição dos produtos divulgados e se envolve análise ou recomendação de produto. 

O esboço da regulação estará disponível para sugestões até o dia 3 de julho, e o documento final está previsto para ser publicado no segundo semestre de 2023.

Imagem: Rawpixel.com / Shutterstock.com