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Quais são os riscos do cheque especial?

A princípio, o cheque especial pode ser uma opção atrativa para gastos de última hora, mas seu uso pode acarretar vários riscos. Confira!

O cheque especial é uma linha de crédito pré-aprovada oferecida pelos bancos aos seus correntistas, permitindo que eles façam saques ou utilizem um saldo negativo em suas contas correntes até um determinado limite. 

Embora possa parecer uma opção conveniente em emergências ou para cobrir gastos imprevistos, seu uso frequente ou prolongado pode acarretar riscos financeiros. O fator de maior preocupação são os juros elevados. 

Essas taxas são geralmente calculadas diariamente sobre o valor utilizado, o que pode resultar em encargos financeiros consideráveis. Nesse sentido, o educador financeiro Fernando Lamounier traz algumas dicas essenciais sobre o cheque especial.

Educador financeiro explica o superendividamento do cheque especial

Lamounier explica que o cliente pode contratar o crédito sem perceber e, ao longo do tempo, a dívida pode se acumular e se tornar difícil de pagar, transformando-se em uma bola de neve financeira.

Isso porque, se você estiver com a função do cheque especial ativada, suas compras no débito serão aprovadas mesmo que não haja saldo o suficiente na conta. Nesse sentido, o educador destaca que a melhor maneira de evitar cair nessa armadilha é entender como funcionam as taxas e juros do cheque especial.

Afinal, como funciona o cheque especial?

O banco institui um limite de crédito pré-aprovado, e com isso, as taxas são cobradas sobre os valores que ultrapassarem o seu saldo. Ou seja, na prática, você usará o cheque especial quando efetuar uma compra, mas não tiver saldo suficiente. 

Apesar das taxas de juros também variarem de acordo com seu banco, elas têm uma coisa em comum: sempre são altas. No entanto, o banco não pode simplesmente te colocar nesse sistema sem avisar, pois a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) não permite isso. 

Sendo assim, sua instituição financeira é obrigada a enviar notificações ao cliente quando ele entra no cheque especial. Além disso, o extrato bancário deve apresentar uma separação clara entre o saldo disponível na conta corrente e o limite utilizado do cheque especial.

Se sua dívida estiver acumulada, você pode pedir alternativas de pagamento mais acessíveis. Assim, se o saldo devedor ultrapassar 15% do limite de crédito por mais de 30 dias, o banco deve oferecer uma linha mais barata com taxas de juros menores. Assim, essa oferta deve ser feita em um prazo determinado após a constatação da situação pelo banco.

Imagem: NAN728 / Shutterstock.com