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Racismo nos aplicativos de corrida? Motoristas negros ganham menos dinheiro do que motoristas brancos; revela estudo

Estudo de grupo da USP revela dados que apontam para racismo nos aplicativos de corrida. Veja as informações sobre o assunto!

Em um estudo do setor de Economia da Universidade de São Paulo (USP), os pesquisadores observaram um sinal de racismo dentro dos aplicativos de corrida. Isso porque, segundo os dados, os motoristas brancos ganham mais do que os motoristas negros nesses espaços de trabalho. 

A diferença entre os rendimentos médios desses dois tipos de motorista é de R$ 300. Assim, o relatório aponta a mesma situação para casos de entregadores e de mototaxistas. 

Estudo aponta racismo em aplicativos de corrida 

O Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades pertence à Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA) da USP. O grupo de pesquisas formulou um relatório acerca dos dados de trabalhadores de aplicativos de corrida, entrega de alimentos e que atuam como mototaxistas. 

Dessa forma, o estudo conseguiu identificar uma informação que denota racismo nos aplicativos de corrida. Isso porque o rendimento médio dos motoristas brancos é de R$ 2.634, enquanto o de motoristas negros é cerca de R$ 2.287. Com isso, vemos uma diferença de R$ 300. Isso se repete nos demais casos estudados com a constatação dos seguintes rendimentos médios: 

  • Entregadores brancos: R$ 1.907; 
  • Entregadores negros: R$ 1.622; 
  • Mototaxistas brancos: R$ 1.301; 
  • Mototaxistas negros: R$ 1.128. 
motorista seguindo o GPS de um aplicativo de transporte
Imagem: structuresxx/shutterstock.com

Para além do dinheiro 

Os casos de racismo nos aplicativos de corrida não ocorrem somente mediante análise de valores, mas também na forma de tratamento. Naiara Silva Evangelo, em sua tese de doutorado para o Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPPGCOM/Uerj), abordou sobre o ranqueamento na Uber. 

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Na pesquisa, ela trouxe comentários de internautas que relataram casos de racismo na plataforma contra motoristas negros e que não tiveram apoio do aplicativo. Uma outra pesquisa da Universidade Federal da Bahia (UFBA) informa que cerca de 58% de motoristas e entregadores foram vítimas de violência, entre elas a racial. 

Imagem: Lightspring/ Shutterstock.com