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Real encerra setembro com desvalorização de 31%; saiba mais

No terceiro trimestre de 2021, o real terminou com uma desvalorização de 31% em relação aos seus fundamentos, revelou o FGV/EESP. De acordo com o relatório, a alta incerteza fiscal e política deve prejudicar o desempenho da moeda até o final de 2022. Ademais, a leitura sobre a desvalorização real efetiva média da divisa do Brasil, foi atualizada com dados disponíveis até setembro de 2021, fornecidos com defasagem de até 2 meses pelas fontes primárias.

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Conforme Emerson F. Marçal, coordenador da graduação, e Oscar R. Simões, pesquisador, do Centro de Macroeconomia Aplicada:

“Reiteramos que a manutenção do desalinhamento além dos fundamentos externos de longo prazo, que melhoraram significativamente nos últimos meses, sugere que a percepção de risco relativa à situação fiscal e política mantém-se elevada, ocasionando momentos de grande volatilidade no mercado cambial”.

Em suma, não há expectativa de melhora no curto prazo, conforme os especialistas. “As incertezas orçamentárias com eventual revisão do teto de gastos poderá manter o (risco-país) em patamares altos ao longo deste final de 2021 e de 2022 e logo o mercado cambial pressionado.”

Desde o mês de setembro, os mercados financeiros foram chacoalhados pela confirmação do governo de seus planos de flexibilizar as regras fiscais do Brasil. A meta é financiar os benefícios sociais mais robustos para a população até o final de 2022. No mês de outubro, por conta de notícias que derrubaram a credibilidade fiscal doméstica, o dólar aumentou 3,59% contra o real.

Com o esforço do governo para abrir mais espaço para gastos e a aproximação das eleições presidenciais devendo aprofundar as incertezas no cenário local até 2022, o estudo apontou duas possibilidades primordiais para que ocorra uma reversão da taxa de câmbio real aos seus fundamentos de longo prazo.

A primeira seria uma valorização das cotações nominais da moeda brasileira frente a seus parceiros comerciais. Já a outra, seria a aceleração da inflação em comparação aos mesmos pares, já que isso reforçaria o Banco Central a aprofundar seu ciclo de aperto monetário.

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Imagem: Alison Nunes Calazans/shutterstock.com