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Risco de calotes de famílias e empresas aumenta

A inadimplência no crédito para pessoa física e para empresas têm crescido de maneira acelerada no Brasil. Os fatores que têm favorecido essa situação são os juros altos e a renda consumida pela inflação.

O esforço empregado pelos bancos em renegociar com os clientes, oferecendo mais prazo ou até mesmo estendendo o prazo para o pagamento de dívidas, têm contribuído para que os números oficiais de inadimplência não mostrem um aumento expressivo.

Contudo, na concepção de vários participantes do mercado, existem sinais evidentes de uma piora na prática de pagamentos das linhas de crédito.  A inadimplência impacta, principalmente, as classes de menor renda e as linhas de maior risco, como o rotativo do cartão de crédito.

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A princípio, a perspectiva era que a inadimplência alta ocorresse no fim ainda este ano, chegando muito próximo ao patamar registrado antes da pandemia. Entretanto, já há sinais de que ela fique ainda mais alta do que registrado até agora. 

Dados do Banco Central sobre a inadimplência

Conforme os últimos dados disponíveis a respeito de inadimplência, divulgados pelo Banco Central, os calotes nas linhas com recursos livres aumentaram para 4,6% em janeiro para as famílias e 1,6% para as empresas. Contudo, o dado está bastante defasado, pois a greve dos servidores do órgão impediu a divulgação da nota de crédito de fevereiro.

De qualquer forma, ainda que a inadimplência tenha aumentado, ainda está abaixo do nível pré-pandemia, que era 5,0% para pessoa física e 2,1% para pessoa jurídica.

Atraso na divulgação dos dados

Diversos indicadores e relatórios do órgão estão com atraso na divulgação, devido a greve dos servidores do Banco Central. Um dos relatórios afetados é o Focus, que é de extrema importância e serve para guiar o mercado a respeito da economia brasileira.

Outra ação que foi comprometida com a paralisação é a publicação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) referente ao mês de fevereiro, que deveria ser divulgado na quinta-feira passada (14).

Além disso, há três semanas os dados do fluxo cambial não são atualizados. Outras informações importantes que não foram anunciadas pela instituição foram as notas do setor externo, crédito e fiscal de fevereiro e o Relatório da Poupança do mês de março.

Essa situação acontece em um momento de suma importância para a política monetária, pois no dia 11 de abril, o presidente do Banco Central indicou que será analisado se houve mudanças na tendência após o IPCA de março ter surpreendido e subido 1,62%.

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Imagem: Pormezz / Shutterstock.com