Santander dá péssima notícia para seus clientes

De acordo com dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em janeiro de 2023, o número de inadimplentes no Brasil voltou a crescer e chegou a 65,9 milhões de pessoas, sendo que quatro em cada dez brasileiros adultos (40,15%) estavam negativados.

Diante disso, o Santander Brasil decidiu ser mais conservador ao conceder empréstimos a clientes, investindo em produtos com garantia e clientes com melhor perfil de rating (classificação de risco). De acordo com o CEO do banco, Mário Leão, essa postura mais conservadora do Santander deve continuar no mínimo até o final de 2023, ainda que haja consequências sobre seus resultados financeiros.

Santander mais conservador

A decisão de ser mais seletivo na concessão de empréstimos não é de hoje, teve início no final de 2021, atitude que o Santander não se arrepende de tomar, devido ao cenário atual. Para Leão, o conservadorismo no crédito pode ser custoso, implicando em um menor crescimento dos ativos e da linha de margem com clientes, mas é uma atitude consciente, que deve ser mantida ao longo dos anos.

Contudo, o executivo ressaltou que a medida não está relacionada aos problemas com empresas, como é o caso da Americanas, que está em processo de recuperação judicial e deve ao Santander R$ 3,7 bilhões.

Resultados do Santander

No primeiro trimestre deste ano, o Santander registrou um lucro líquido de R$ 2,1 bilhões, o que corresponde a uma queda em comparação ao resultado do mesmo período de 2022. Entretanto, representa um aumento de 26,7% em relação ao resultado do quarto trimestre do ano passado.

Já o retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) foi de 10,6%, uma redução de 10,1 pontos percentuais comparado ao ano passado e uma melhora de 2,2 pontos percentuais na comparação trimestral.

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