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Selic: taxa de juros está em 13,75% há quanto tempo?

O Brasil conta com a maior taxa de juros real do mundo e Banco Central tem sido alvo de críticas pela manutenção da Selic. Saiba mais!

Hoje, a taxa básica de juros brasileira, a Selic, está em 13,75%. Neste cenário, o Brasil possui a maior taxa de juros real do mundo. O alto patamar tem sido alvo de críticas do atual governo, principalmente do presidente Lula. Contudo, a taxa deve se manter elevada por mais um tempo. 

O ciclo de altas da taxa de juros brasileira foi iniciado ainda em 2021, com o objetivo de frear a escalada da inflação diante dos efeitos da pandemia de Covid-19. Saiu de 2% até chegar ao nível atual. Mas, está estacionada em 13,75% há oito meses. 

Na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, a autoridade apontou uma série de motivos para manter a Selic. Uma delas está relacionada justamente com o cumprimento da meta da inflação. 

Relação entre a taxa de juros e a inflação 

A taxa de juros é um dos principais instrumentos utilizados pelo Banco Central para controlar a inflação.

Quando a inflação está alta, o Banco Central aumenta a taxa de juros para desestimular o consumo e o investimento, o que reduz a demanda por bens e serviços e, consequentemente, a pressão sobre os preços. Com juros mais altos, o custo do crédito e dos financiamentos também aumenta, o que limita o poder de compra dos consumidores. 

Por outro lado, quando a inflação está baixa ou dentro da meta estabelecida, a taxa de juros pode ser reduzida para estimular a atividade econômica. Com juros mais baixos, o crédito fica mais acessível e os investimentos são incentivados, o que pode impulsionar o crescimento econômico.

Motivos para a manutenção da taxa de juros a 13,75%

Com base na última reunião do Copom, os motivos para a manutenção da Selic a 13,75% foram os seguintes:

  • Inflações globais ainda elevadas;
  • Incerteza sobre o novo arcabouço fiscal e a situação das dívidas públicas;
  • Expectativas para a taxa inflacionária deste ano em alta;
  • Volatilidade dos mercados com a crise bancária nos Estados Unidos;
  • Inflação do consumidor acima da meta determinada para este ano.

Imagem: rafastockbr/shutterstock