Shell é criticada por comprar petróleo russo e promete destinar lucro a ações humanitárias
Retirada da empresa do mercado russo deve ocorrer de forma gradual
A Shell divulgou na última terça-feira (8) um pedido de desculpas oficial, por ter comprado uma carga de petróleo russo na última semana. A decisão da empresa provocou fortes críticas contra a companhia e, com isso, a empresa afirmou que pretende se retirar do mercado russo. Porém, isso deve acontecer de forma gradual.
Dessa forma, como primeiro passo, a petroleira afirmou ter interrompido todas as compras do petróleo da Rússia, e disse que vai fechar todos os seus postos de abastecimento. Então, para saber mais, confira a seguir.
Shell é criticada por comprar petróleo russo e promete destinar lucro a ações humanitárias
Ainda na segunda-feira, a Shell defendeu sua decisão de comprar um carregamento de petróleo bruto com desconto da Rússia, mesmo com a invasão e bombardeio da Ucrânia. Durante o comunicado, a companhia havia afirmado que a decisão foi difícil, mas que “não teve alternativa”. Contudo, na terça, a empresa reconheceu que a decisão de comprar a carga de óleo não foi a mais correta. A ideia era utilizar o óleo russo para refinamento em produtos como diesel e gasolina.
Entre os críticos da empresa, esteve o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba. Ele criticou a empresa de energia, questionando no Twitter: “O petróleo russo não cheira a sangue ucraniano para vocês?”
Por fim, além da suspensão das atividades, a Shell afirmou que os lucros do restante do petróleo russo será destinado a ações humanitárias. O objetivo é “para melhor aliviar as terríveis consequências que esta guerra está tendo para o povo da Ucrânia”, disse a empresa. Em nota, a Shell também prometeu parar imediatamente de adquirir óleo russo no mercado à vista, e não renovar contratos a termo.
Atualmente, a Rússia é o segundo maior produtor mundial de petróleo bruto depois da Arábia Saudita, e fornece cerca de um terço da demanda da Europa. O petróleo russo representa atualmente cerca de 8% dos suprimentos ativos da Shell.
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Imagem: gd_project / Shutterstock.com