Taxa Selic vai voltar ao patamar de 2% ao ano?
Integrante do Banco Central fala sobre a possibilidade de recuo da Taxa Selic para 2%, patamar de 2020. Veja!
Em agosto de 2020, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou uma taxa de juros de 2% ao ano, após nove cortes consecutivos. A autoridade adotou a medida como uma tentativa de estimular a economia. No entanto, pouco tempo depois, o cenário começou a mudar.
Assim, em março de 2021, a autoridade monetária deu início à trajetória de escalada da Selic. Em agosto do ano passado, chegou ao maior patamar: 13,75% ao ano, nível que se manteve até o final de 2023. Agora, a taxa está em 12,75%, ainda bastante elevada.
Diante disso, uma das perguntas realizadas na live do Banco Central foi justamente sobre este tema. Afinal, a taxa básica de juros vai voltar ao patamar de 2% como aconteceu nos anos anteriores?
Taxa Selic a 2%? BC explica
Segundo Maurício Moura, diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do BC, os próximos passos para a definição da taxa de juros dependerão de uma série de fatores. Dentre eles, inflação, expectativas, atividade econômica e balanços de riscos, principalmente.
Para além disso, o diretor de Relacionamento da autarquia fala que é fundamental não se esquecer o papel principal da Selic, que é a principal ferramenta de política monetária. Desse modo, o Copom seguirá com os cortes enquanto as avaliações do cenário apontarem que ainda há espaço para isso.
Não existe alvo para a taxa de juros
Ainda sobre o assunto, Moura falou que não existe um alvo, ou seja, um percentual a ser atingido pela taxa de juros. Diferentemente da inflação, que conta com uma meta determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e que deve ser perseguida pelo Banco Central, justamente por meio da política monetária.
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Para este ano, a meta inflacionária é de 3,25%, podendo oscilar 1,5 p.p. para cima ou para baixo para ser dada como cumprida. Neste momento, a inflação, indicada pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) está em 3,50% no ano e em 5,19% no acumulado de 12 meses, após os resultados de setembro.
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