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TSE decide manter multa ao PL de R$ 22,9 milhões por golpismo contra urnas

Ministro multou o partido que prestou apoio à reeleição do presidente por má-fé. Isto é, a Justiça foi solicitada de maneira irresponsável.

Nesta quinta-feira (15), Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), voltou a declarar que o partido do atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL), moveu uma ação sem comprovar ou mostrar indícios de mau funcionamento das urnas eletrônicas durante as eleições.

Moraes multou a coligação que prestou apoio à reeleição do presidente atual por litigância de má-fé. Isto é, a Justiça foi solicitada de maneira irresponsável ao demandar a verificação das urnas usadas na eleição sem possuir provas e indícios de ilegalidades. 

Como aconteceu o caso 

O Partido Liberal (PL) abriu uma ação de teor antidemocrático solicitando o cancelamento de votos de 279 urnas durante o segundo turno das eleições de 2022. Valdemar Costa Neto, presidente da legenda, foi o responsável por apresentar o processo. 

Entretanto, Moraes rejeitou a ação, alegando que o PL agiu de má-fé. Sendo assim, nesta quinta-feira (15), o plenário do TSE decidiu manter a multa de R$ 22,9 milhões, determinada pelo presidente do TSE.

Alexandre Moraes declarou que partidos políticos financiados e com recursos públicos não devem agir de lado contrário ao da democracia e que a ação pode fazer com que o partido seja extinto. 

Raul Araújo, ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), no entanto, não concordou com a decisão de Moraes. Segundo ele, o PL apenas “caiu em tentação”, já que a população estava questionando o sistema de votação. 

Moraes contestou o ministro e afirmou que partidos políticos não podem agir contra o Estado Democrático de Direito. Ele acrescentou que o PL já está sendo sondado tanto no STF (Supremo Tribunal Federal), quanto no TSE.

Ministros que apoiaram a decisão do presidente do TSE

Moraes teve o apoio dos seguintes ministros: 

  • Benedito Gonçalves;
  • Carlos Horbach;
  • Cármen Lúcia;
  • Sérgio Banhos;
  • Ricardo Lewandowski.

Posicionamento do Partido Liberal (PL)

O PL informou ao TSE que a apresentação da suposta “fraude” nas urnas foi levada ao Tribunal já que a entidade fiscaliza as eleições e que a solicitação tinha como base apenas “dados técnicos” do Instituto Voto Legal, instituição contratada pelo partido para supervisionar as urnas. 

Imagem: EKATERINA BOLOVTSOVA / pexels.com