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Vilões do IR: veja como a Receita descobre as mentiras dos contribuintes

Saiba como informações inconsistentes ou falsas no Imposto de Renda podem levar o contribuinte a cair na malha fina. Veja o que evitar!

Ao realizar a declaração do Imposto de Renda, o contribuinte precisa ser honesto na prestação das informações. Isso pois, caso não seja, as chances de cair na chamada malha fina são grandes.

A Receita Federal utiliza o cruzamento de dados para verificar a veracidade de informações dadas pelo cidadão ao Fisco. Portanto, ao declarar o seu IR, é necessário prestar atenção e não tentar burlar as regras.

Saiba os principais vilões do Imposto de Renda

O cruzamento de dados é a técnica usada pela Receita para coibir informações falsas, inconsistentes e até mesmo tentativas de fraude. O modelo simples de checagem é eficiente, pois os dados passados pelo contribuinte são comparados com as declarações de outras pessoas, empresas e serviços.

Assim, as inconsistências flagradas são chamadas de ‘dedo-duro’, já que a incompatibilidade das informações prestadas vão denunciar o cidadão à Receita Federal, levando-o a cair na malha fina. Na maioria dos casos, a intenção não é fraudar o IR, mas sim a falta de algum comprovante ou o esquecimento de alguma prestação de serviço ou ganho realizado no ano anterior.

Veja os ‘dedos-duro’ mais comuns:

  • Não declarar rendimentos de pessoa jurídica;
  • Não declarar rendimentos de dependentes;
  • Não declarar rendimentos oriundos de aluguéis;
  • Carnê-leão – imposto pago mensalmente por pessoa física que mora no Brasil e recebe rendimentos de outra pessoa física ou do exterior;
  • Imposto complementar recolhido a menores de idade;
  • Despesas médicas inconsistentes.

Serviços de saúde são os principais responsáveis pelo contribuinte cair na malha fina

Os serviços de saúde têm dedução total do IR. Por isso, são usados por contribuintes que desejam omitir ou fraudar a declaração, pois quanto mais despesas forem declaradas, maior será a restituição recebida ou menor será o valor pago em imposto.

Assim, os gastos com saúde são os principais responsáveis pelo cidadão cair na malha fina. Além disso, a consequência pode ser ainda pior e configurar como crime contra a ordem tributária. Com a intenção de combater essa prática, no início deste mês, a Receita deu início à operação ‘Patógeno’.

O objetivo é investigar fraudes de 35.230 contribuintes, feitas entre 2018 e 2022. Segundo as investigações, cerca de R$ 350 milhões foram declarados como despesas falsas destinadas a 472 profissionais liberais. Os recebimentos constam nas declarações, porém, ao realizar o cruzamento de dados, levantou-se a suspeita sobre a veracidade dos pagamentos.

Imagem: Ian Dyball / shutterstock.com