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2° maior saque da história acontece e poupança perde R$ 87,8 bilhões; entenda

Esta é a segunda vez na história que o brasileiro retira mais dinheiro da poupança do que coloca. Entenda a situação em detalhes!

No último ano, a caderneta de poupança sofreu uma desvalorização significativa. Segundo informações divulgadas pelo Banco Central do Brasil nesta segunda (08), a modalidade de poupança alcançou um saldo negativo de aproximadamente R$ 87,8 bilhões em 2023.

O levantamento financeiro mostrou um alto índice de retirada dos valores pelos brasileiros no período, caracterizando o fenômeno de retirada líquida, situação na qual os montantes sacados superam os que são depositados. Essa foi a segunda maior perda da modalidade desde 1995, quando iniciou-se a série histórica para este tipo de análise.

Entenda o 2º maior saque da história da poupança

Na imagem, mão colocando moedas no cofrinho de porquinho.
Imagem: Natthapol Siridech / Shutterstock

Essa é a terceira vez consecutiva que o dinheiro retirado supera o depositado na poupança. Os anos de 2021 e 2022 também apresentaram saldos negativos em R$ 35,4 bilhões e R$ 103,2 bilhões, respectivamente.

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Diversos fatores econômicos estão envolvidos na fuga de recursos da poupança. Entre os principais, encontra-se a inflação, que reduz o poder de compra da população quando está em alta. Por exemplo, agora, o nível de preços chegou a 4,68%. Porém, o seu ápice foi em abril de 2022, quando atingiu o ápice de 12,13%.

Com menos dinheiro disponível, a população tende a recorrer ao montante acumulado na poupança, levando à retirada de recursos dessa instituição. Outros fatores críticos incluem o alto nível de endividamento das famílias brasileiras e a procura por investimentos mais rentáveis, como os títulos do Tesouro Direto.

Endividamento familiar em aumento

Até outubro do ano passado, o índice de endividamento das famílias estava em 47,6%, de acordo com o setor financeiro do Banco Central. Já em novembro, a inadimplência, segundo dados do Serasa, subiu alarmantemente para 71,81 milhões de brasileiros.

Este fator também contribui para a retirada de recursos da poupança, uma vez que as famílias necessitam de dinheiro para quitar as suas dívidas. Por fim, este é um reflexo do déficit dessa modalidade de investimento, uma vez que o dinheiro que o brasileiro guardou está indo embora para o pagamento e cumprimento das obrigações.