Ação da PF mira combate à venda de crédito fraudulento e prende 4 pessoas
As investigações da PF identificaram vendas de créditos fraudulentos e inexistentes por parte das empresas de consultoria
A Polícia Federal (PF) realizou a operação “Crédito Podre”, na última quinta-feira (15), no Rio de Janeiro. Assim, a ação teve como objetivo combater um esquema criminoso sob comando de empresas de consultoria tributária e empresarial. De acordo com a corporação, 100 agentes federais e 20 auditores federais participaram da ação.
Ao todo, foram expedidos 5 mandados de prisão preventiva e 14 mandados de busca e apreensão em empresas e residências localizadas no Rio de Janeiro, Maricá e Niterói. Dessa forma, informações da Polícia Federal (PF) dão conta de que 4 mandados de prisão tiveram o cumprimento realizado.
PF constatou que empresas realizavam venda de créditos fraudulentos
As investigações da Polícia Federal (PF) identificaram vendas de créditos fraudulentos e inexistentes por empresas de consultoria para pagamento de dívidas tributárias de empresas terceiras. De acordo com a PF, as ordens de bloqueio e de sequestro de bens expedidas somam aproximadamente R$ 100 milhões.
Assim, a 3ª Vara Federal Criminal no Rio de Janeiro despachou as ordens devido aos prejuízos causados pelo crime.
De acordo com a Polícia Federal (PF), os criminosos vendiam créditos inexistentes vindos de processos judiciais de terceiros. A organização utilizada os recursos para quitar débitos tributários cobrados pela Receita Federal. Dessa forma, a organização cobrava de 40% a 60% dos débitos.
A corporação informou que um dos principais responsáveis pelo crime agia através de parentes, laranjas e da própria advogada.
Assim, era possível esconder a origem dos valores adquiridos por meio de transferências para as contas das pessoas citadas, ou através do registro de bens no nome delas e de empresas nos nomes de “laranjas”.
A pena para os crimes pode chegar a 23 anos de prisão, de acordo com a Polícia Federal (PF). Entre as ações criminosas estão o estelionato qualificado, falsificação de documento, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Foto: Divulgação/Polícia Federal