Alerta: Nova crise mundial à vista! Perdas imobiliárias podem ser o estopim!
Descubra como perdas imobiliárias comercial estão gerando preocupações em bancos globais e afetando o mercado financeiro.
Cerca de um ano após uma crise bancária que resultou no colapso de três credores regionais nos Estados Unidos e na aquisição emergencial do Credit Suisse na Europa, um novo susto passa a preocupar bancos tão distantes como Nova Iorque, Tóquio e Zurique.
A questão em comum entre eles: perdas imobiliárias aumentando progressivamente em empréstimos do setor imobiliário comercial. Entenda tudo a seguir!
Perdas imobiliárias: Ações desabam após prejuízo milionário
A saber, na quarta-feira (31), as ações do New York Community Bancorp caíram 38%. Isso após o banco registrar um prejuízo de US$ 252 milhões no último trimestre.
Ademais, o credor regional provisionou US$ 552 milhões no quarto trimestre para cobrir perdas com empréstimos. Em resumo, mais que oito vezes dos US$ 62 milhões provisionados no trimestre anterior.
Assim, puxado para baixo pelas perdas do New York Community Bancorp, o Índice Bancário Regional KBW teve uma queda diária de 6% na quarta-feira — a maior desde maio passado, mês em que a First Republic, sediada na Califórnia, tornou-se a terceira vítima bancária dos EUA em 2023.
Investidores e reguladores em estado de alerta
Desde as turbulências do ano passado, investidores e reguladores têm mantido a vigilância em alerta máximo para uma nova crise entre os bancos. A saber, o foco tem se voltado à exposição dessas instituições ao debilitado mercado imobiliário comercial.
Os valores de muitos edifícios despencaram à medida que milhões de trabalhadores migraram para o trabalho remoto durante a pandemia, deixando áreas comerciais vagas ou subutilizadas.
Ao mesmo tempo, as altas taxas de juros tornaram mais difícil para os proprietários — que frequentemente recorrem a empréstimos para financiar projetos — honrarem seus pagamentos.
Efeito dominó: perdas imobiliárias crescem na Europa e no Japão
Não são apenas os bancos americanos que estão sentindo o impacto. O Julius Baer, banco privado e gestor de fortuna da Suíça, declarou uma queda de 55% no lucro ajustado do ano passado. Assim, registrou perda de 586 milhões de francos suíços (equivalentes a 680 milhões de dólares) em empréstimos feitos a um único “conglomerado europeu”.
Já no Japão, o Aozora Bank disse que seus empréstimos não pagos, ligados a escritórios nos EUA, contribuíram parcialmente para o prejuízo anual de 28 bilhões de ienes (cerca de US$190 milhões) no ano passado.
Grandes jogadores se preparam para perdas no setor imobiliário
Grandes participantes do setor também estão se preparando para enfrentar perdas imobiliárias do setor comercial. O Deutsche Bank, o maior credor da Alemanha, disse ter reservado 123 milhões de euros (US$ 133 milhões) durante o último trimestre para cobrir possíveis inadimplências em seus empréstimos imobiliários comerciais nos EUA.
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“Há riscos, não se deve ser complacente”, alerta Philip Lawlor, diretor-gerente de pesquisa de mercado da Wilshire Indexes, reforçando que todas as corridas bancárias do ano passado “começaram com pequenas ondulações que foram aumentando e aumentando”.
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