Amazon está sendo processada por enganar clientes; entenda o caso

A gigante do comércio eletrônico, Amazon, está sendo acusada de enganar seus clientes e minar a confiança que conquistou ao longo do tempo. A empresa está enfrentando um processo legal específico, nos Estados Unidos, no qual é acusada de dificultar o cancelamento de seus serviços, gerando frustração e insatisfação entre os consumidores.

Nesse sentido, a agência norte-americana, Federal Trade Comission (FTC), está buscando uma interdição permanente dessas práticas, destacando seu compromisso em proteger os consumidores nos mercados digitais. No entanto, até o momento, a Amazon não se manifestou publicamente sobre o assunto, deixando as alegações sem resposta.

Amazon enfrenta processo por seu serviço ‘Prime’

O processo inclui quatro manifestações civis contra a empresa, alegando que a Amazon utilizou uma “interface de usuário manipuladora, coercitiva e enganosa”. Nesse contexto, a FTC busca uma interdição permanente dessa conduta, além de penalidades.

Ainda, o serviço de assinatura “Prime” da companhia, oferece vantagens como frete grátis em produtos e acesso a programas e filmes de entretenimento online. Contudo, a denúncia apresentada destaca que a empresa enganou os consumidores para que se inscrevessem no programa e, intencionalmente, complicou o processo de cancelamento.

Acusada de implementar processo de cancelamento complexo

De acordo com a denúncia, a Amazon implementou um processo de cancelamento complexo, apelidado de “Ilíada” por um executivo da empresa, em referência à famosa epopeia grega. Esse processo, no entanto, exigia que os consumidores navegassem por quatro páginas, realizassem seis cliques e escolhessem entre 15 opções para cancelar a assinatura.

Por outro lado, a adesão ao “Prime” era simples, podendo ser feita com apenas um ou dois cliques. A denúncia afirma que a Amazon modificou o processo de cancelamento em abril de 2023, após pressão significativa da comissão.

A presidente da FTC, Lina Khan, informou que a empresa enganou e prendeu as pessoas em assinaturas recorrentes sem o consentimento delas, causando frustração aos usuários e cobrando valores altos indevidamente. Ademais, a comissão ressalta seu compromisso em proteger os consumidores contra práticas desleais ou enganosas nos mercados digitais.

Imagem: Divulgação / Amazon