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Americanas fará demissão em massa?

Com a atual situação da Americanas, além dos credores e acionistas, a preocupação também é com os funcionários. Confira

Dos 44 mil “associados”, como são chamados os funcionários das Americanas, 85% são permanentes e 15% temporários, segundo o último relatório anual da empresa, referente a 2021. Assim, após a divulgação do rombo de R$ 40 bilhões, o destino desses trabalhadores ficou incerto.

No entanto, a princípio, a informação que foi dada é que não haverá demissão. Contudo, de acordo com Ricardo Patah, presidente do Sindicato dos Comerciários na cidade de São Paulo, já foi aberto um protocolo com pedido de reunião com representantes da Americanas.

À vista disso, Patah afirma que a relação com a empresa sempre foi amigável. “Só em uma única vez reclamamos do valor do vale-refeição, que era baixo”, recordou.

 “Mas não temos queixas de falta de pagamento, de descumprimento de convenção coletiva. Estamos assustados que as Americanas, que sempre cumpriram com seus deveres, tenham um buraco desse tamanho”, afirmou ao UOL.

Funcionários em caso da falência

De acordo com Rodrigo Carelli, procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT) e professor de Direito da UFRJ, tanto  em caso de recuperação judicial, quanto em falência, o pagamento aos trabalhadores tem preferência sobre as demais dívidas, tendo como limite até 150 salários mínimos por funcionário.

Assim, caso a Americanas tenha que encerrar suas atividades, os primeiros a receberem sua parte são os funcionários, antes mesmo dos fornecedores, lojistas do marketplace das 

Segundo o site Metrópole, atualmente há cerca de 7 mil processos tramitando na Justiça do Trabalho contra a Americanas S.A., grupo controlador da Americanas. De modo que, em valores atualizados, a empresa deve mais de R$ 3 bilhões a ex-funcionários.

Vai haver demissão em massa?

Além disso, a Americanas pode não pedir falência, porém fechar algumas lojas e diminuir o seu quadro de funcionários para organizar o caixa

Assim, a princípio, a Reforma Trabalhista de 2017 havia liberado demissões em massa, sem precisar da mediação de sindicatos. No entanto, em 2022, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que as entidades representativas dos trabalhadores sejam incluídas nas negociações de demissão.  Todavia, os sindicatos não podem impedir os desligamentos, se o acordo não for considerado satisfatório para as partes.

O que diz a Americanas

Por fim, o UOL entrou em contato com a assessoria de imprensa da Americanas para saber o número atualizado de funcionários. Além disso, também perguntou se haverá demissões. Contudo, até o fechamento da matéria, não obteve resposta.

Com informações do UOL.

Imagem: Reprodução/DepositPhotos