Anvisa toma decisão e volta a liberar venda destes produtos

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), tomou uma decisão a respeito da venda de produtos capilares, nesta segunda-feira (20). O órgão liberou o uso de 934 pomadas capilares, que haviam sido proibidas em fevereiro, após complicações de saúde causadas pela utilização dos produtos. 

As pomadas capilares, no entanto, servem para fixar tranças e modelagens de cabelos. Contudo, diversos consumidores dos produtos estavam relatando irritação dos olhos e até cegueira temporária, após utilizar os cosméticos. 

Produtos não citados na lista seguem proibidos 

A Anvisa determinou que produtos não citados na lista seguirão sendo proibidos. A listagem do órgão contém as pomadas capilares permitidas para consulta. Ademais, as análises da Anvisa identificaram que a maioria dos produtos que causaram problemas de saúde nos consumidores foram os que possuíam altas concentrações da substância Ceteareth-20.

A Ceteareth-20 é um ingrediente muito usado em produtos de cuidados pessoais, como cremes hidratantes, géis e loções, pois ajuda a misturar óleo e água, melhorando a textura e a aparência dos produtos. No mais, a substância é segura para uso cosmético, desde que utilizada em concentrações apropriadas e conforme as regulamentações da Anvisa. 

Dessa forma, a proibição se mantém para os outros produtos não listados, “permitindo o retorno ao mercado de parte dos produtos que possuem essa substância abaixo da concentração de 20% em suas fórmulas”, afirmou a Anvisa.

Anvisa proibiu produtos após relatos de cegueira 

A Anvisa havia proibido a comercialização de produtos de 3.154 marcas, nacionais e internacionais, após relatos de consumidores que apresentaram incômodos nos olhos até a cegueira temporária. Alguns usuários das pomadas capilares afirmaram que chegaram a apresentar queimaduras nos olhos, ardência, coceira, lacrimejamento e episódios de cegueira. 

Entre os produtos analisados, 635 já perderam a autorização por apresentarem ingredientes não autorizados ou que excederam o limite de composição. A Anvisa afirmou que continuará a monitorar “casos de efeitos adversos associados às pomadas capilares e agindo sobre aquelas que venham a ocasionar novos eventos”.

Imagem: rafapress/Shutterstock.com