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Após falência na justiça, ex-funcionária expõe problema de grande empresa brasileira

Trabalhadora acusou publicamente grande empresa brasileira de descumprir acordo há anos. Saiba sobre episódio

Após a falência da Livraria Cultura ter sido decretada, a unidade do Teatro Eva Herz, localizada na avenida Paulista, em São Paulo, convocou uma ocupação. Porém, durante o protesto, que pedia que o espaço seguisse aberto, uma ex-funcionária expôs a situação da grande empresa.

Segundo a “Folha de São Paulo”, Jéssica Ribeiro Santos, 32 anos, afirmou que não recebe as verbas rescisórias há mais de dois anos. Nesse sentido, ela fez sua reivindicação lendo trechos do próprio contrato rescisório, e acusou a livraria de descumprir o que diz o documento.

Conforme relatos da trabalhadora, as partes concordaram que a rescisão seria paga em nove parcelas de R$ 600. Contudo, a ex-funcionária diz que só recebeu três prestações até o momento. A reportagem do jornal procurou o Sérgio Herz, CEO da grande empresa, que não respondeu.

Clima na grande empresa é de incerteza, diz funcionário

Segundo um funcionário da unidade paulista onde fica o Teatro Eva Herz, nos bastidores da grande empresa, o clima é de incerteza. Além disso, ele diz que salário – cerca de R$ 2.200 brutos – e vales-refeição e transporte são pagos atrasados e, por vezes, em até dez parcelas.

“Ele [Sérgio Herz] faz parecer que [a recuperação] é bem mais fácil, mas há mais de duas semanas a gente já sabe que as coisas não são assim. A notícia da falência não chocou os funcionários”, conta o trabalhador que preferiu não se identificar.

Simultaneamente, o profissional ouvido pela “Folha”, em sigilo, também conta que plano de saúde da equipe foi suspenso pela grande empresa. Por fim, quem bate as metas propostas, ele acrescenta, não recebe comissão há pelo menos um ano.

Movimento quer teatro funcionando independente da livraria

Seja como for, o movimento Ocupe a Livraria Cultura não é exatamente pela grande empresa, mas para que o espaço cultural siga funcionando. Todavia, André Acioli, curador do teatro, explica que o lugar onde espetáculos são encenados é, financeiramente, totalmente ligado a livraria.

Por exemplo, ambos partilham o mesmo número de CNPJ. Em seguida, ele acrescentou que o dinheiro da bilheteria não sustenta todo o custo operacional do espaço. Em suma, os gastos com manutenção e limpeza, arcados pela loja, são muito altos para serem assumidos.

“Os técnicos de som e luz e o curador artístico, que trabalham só para o teatro, nós conseguimos pagar”, afirma. Por último, o curador reforça que a grande empresa sempre priorizou a arte, renunciando a alugar o teatro para não atrapalhar a programação artística do lugar.

Imagem: cifotart / shutterstock.com